Merecido castigo

Apesar da carga emocional intensa, Atlético-PR e Fluminense não fizeram um bom jogo na Arena da Baixada. A partida teve drama, polêmica, penaltis, expulsão, entradas fortes e reviravolta nos minutos finais. Mas ficou devendo, tecnicamente.

O primeiro tempo teve mais faltas e passes errados do que futebol. O Atlético-PR dependia muito de Paulo Baier, afunilava o jogo e produzia nada. O Fluminense errava muitos passes na saída de bola e o imenso espaço entre Marquinho e os dois homens de frente impediam que a equipe chegasse ao ataque. Panorama que podia ter mudado nos minutos finais quando Wágner Diniz sofreu penalti (duvidoso, mas ao meu ver, penalti). Mas Cléber Santana bateu muito mal e perdeu.

Na etapa final, o jogo mantinha-se o mesmo. Com mais opções no banco, Abel poderia ousar para buscar uma possível vitória. Demorou para fazê-lo e viu Paulo Baier trocar bons passes com Cléber Santana e aproveitar um dos raros vacilos da defesa carioca para abrir o placar.

Pouco depois, o lance que deixou a partida mais emocionante. Rafael Santos colocou a mão na bola em disputa com Fred, levou o segundo amarelo e foi expulso. O lance aconteceu na linha da área, e o juiz deu apenas falta. Mas era, de fato, muito difícil.

Com um a menos, Antônio Lopes resolveu mexer na equipe. Trocou Guerrón, que poderia dar velocidade ao contra-ataque para matar o jogo para recompor a zaga com Fabrício. Paulo Baier, único meia do time, foi substituído pelo volante Wendell (proibido aos gritos de passar do meio-campo). Pablo, que entrou no lugar de Morro García, ficou isolado à frente. Sozinho para segurar a bola, sem velocidade para surpreender.

O ataque contra defesa durou 25 minutos. O Atlético-PR entrincheirado, no campo defensivo. E o Fluminense tentando achar espaço (já com Lanzini e Martinuccio no time). Pressão que não rendeu jogadas de grande perigo. Mas que fez Lanzini ser derrubado por Manoel a dois minutos do fim. Fred bateu e empatou.

O Atlético-PR abdicou do jogo e foi justamente castigado. Perdeu ótima chance de ganhar moral na luta contra o rebaixamento. E pode perder o mando de campo graças aos protestos da torcida contra a arbitragem (confusa, mas que acertou na maioria dos lances decisivos).

E o Fluminense, de boa campanha no returno, perdeu boa chance de somar três pontos. Faltou ousadia e coragem ao time que era melhor e tinha mais alternativas. Mas que só se jogou ao ataque quando perdia o jogo.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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