Atlético chegou mais rápido e chegou em primeiro

O duelo entre Grêmio e Atlético-MG no Olímpico tinha vários ingredientes interessantes. Luxemburgo enfrentando mais uma vez o clube que quase levou ao rebaixamento. Ronaldinho encarando mais uma vez a ira da torcida gremista. E o confronto entre o passado e o futuro do goleiro Victor, anunciado como reforço atleticano na sexta-feira.

Com Zé Roberto no meio-campo, o Grêmio ganhava em qualidade e criatividade. Tinha o arco, faltava a flecha. Mais uma vez o time de Luxemburgo sofreu com a falta de velocidade e teve dificuldades para furar a muito bem montada defesa do Atlético.

A velocidade que faltava ao Grêmio, sobrava ao Galo. Danilinho e Bernard estão cada vez mais adaptados ao 4-2-3-1 proposto por Cuca. O primeiro, ajudando muito a marcação pelo lado direito, onde o improvisado Serginho mostrou muitas dificuldades principalmente no início do jogo. O segundo, cada vez mais agudo, é a grande revelação atleticana nos últimos anos. Depois de um início complicado, o Galo se acertou e já era melhor quando Bernard fez jogada de Ronaldinho Gaúcho nos melhores momentos da carreira antes de tocar para Jô marcar um golaço.

A desvantagem voltou a afetar o time do Grêmio. Que já era pouco criativo e passou a ser também nervoso. Errando passes demais, dando espaços demais. Só Kléber tentava fazer algo diferente, chamando o jogo como de costume, mas não encontrando um companheiro na mesma sintonia.

Na etapa final, Luxemburgo abriu seu time aos poucos. Primeiro com Rondinelly, depois com André Lima. Passou a jogar sem meio-campo, tentando esmagar o Atlético no campo defensivo. Mas não ameaçava o gol de Giovanni e dava espaços, que com um pouco mais de capricho de Jô, permitiria aos mineiros definir a vitória sem sustos. O Grêmio teve a bola, o Grêmio atacou, mas foram os visitantes que quase marcaram na etapa final.

A destacar ainda, mais uma arbitragem terrível de Paulo César Oliveira. Sem critério nos cartões, invertendo faltas, confuso. Fechou com chave de ouro ao expulsar o lateral esquerdo Anderson Pico por lance bobo com Pierre. Desagradou aos dois times.

O Galo volta à liderança e mostra força. Pode sofrer com o mesmo problema do rival Cruzeiro quando tornar-se alvo. É time que funciona melhor quando tem espaços para usar a velocidade dos meias e para Ronaldinho pensar as jogadas. Mas já fez mais pontos que no primeiro turno inteiro de 2011 e dá sinais que não deixará a torcida no sufoco desta vez.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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