Declarações de amor, festa da torcida, beijos no escudo e apoio irrestrito. Quem viajou nos últimos seis meses, retornou hoje e ligou a televisão, deve ter imaginado o Palmeiras vivendo um momento mágico. A apresentação de Kléber foi um bom evento de marketing e uma bela demonstração de amor ao alviverde paulista.

3 milhões de euros por metade do passe. Foi o que pagou o Palmeiras para ter de volta o Gladiador. Investimento monstruoso para clubes brasileiros. Não é normal e nem comum. Certamente, foi um esforço descomunal da diretoria, que diga-se de passagem, só foi possível graças ao apoio da Fiat.
Desde que saiu do Palmeiras, Kléber fez eternas juras de amor. Ele saiu do clube, mas o clube não saiu dele. O que não o impediu de jogar bem e tornar-se ídolo também no Cruzeiro. Quando falava do clube mineiro, porém, não parecia sincero. Não parecia sair do fundo da alma como quando ele falava do clube paulista.
O torcedor do Cruzeiro não tem do que reclamar. Sempre que esteve em campo, o Gladiador se doou de corpo e alma à camisa celeste. Se entregou e quis vencer. Muitas vezes, mais do que todos os outros jogadores do time. Se pecou, foi pelo excesso, como na partida contra o São Paulo, que decretou a eliminação do Cruzeiro na Libertadores.
Depois de muito disse-me-disse, propostas que não saíram do papel, porém, o Gladiador voltou para seu verdadeiro amor. O Palmeiras, claro, o recebeu de braços abertos. O time precisa de bons jogadores para sair da crise.
Kléber em forma e com vontade, é um dos melhores atacantes do país. Tem problemas, no entanto, para aceitar as derrotas. E isto o atrapalhou no Cruzeiro. Desde a derrota na final da Libertadores, o jogador nunca mais foi o mesmo. Ele queria e mais do que isso, esperava demais o título.
O Palmeiras precisa de Kléber. E Kléber precisa do Palmeiras. O amor é recíproco e tem tudo para dar certo. Se o alviverde ganha um baita jogador, precisa colocar a mão na consciência: é preciso muito mais para vencer. E se não vencer, dificilmente o time terá o Kléber que tanto desejou.
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