Em qualquer texto para homenagear ou falar do fim da carreira de Ronaldo, confirmada oficialmente agora a pouco, será impossível fugir do lugar comum. Por isso, não pretendo me alongar ao falar da carreira, já conhecidíssima do Fenômeno. E antes de mais nada, recomendo os bons textos de Mauro Beting e do amigo Marcelo Bechler. Vale também o registro do sempre ótimo André Rocha, relembrando os melhores times da carreira do artilheiro.
Era o óbvio ululante que as condições físicas já não permitiam a Ronaldo atuar em alto nível. E foi ótimo (para ele e para o Corinthians) que tenha percebido isto antes de passar mais alguns meses se arrastando em campo em uma cena que fazia tão mal a quem aprendeu a admirar o atacante mortal capaz de arrancar em velocidade e só parar nas redes.
Ainda Ronaldinho, o atacante foi o meu primeiro grande ídolo no futebol. Certamente, está entre os três maiores que vi jogar. De longe, o melhor da posição. E fica a impressão de que a carreira recheada de vitórias, conquistas e voltas por cima poderia ser ainda mais fenomenal não fossem as lesões recorrentes.
Um craque dentro e fora de campo. Que apesar dos deslizes, passíveis para qualquer ser humano, teve humildade, caráter e soube desde o princípio a importância que tinha cada palavra sua. E por isto, o primeiro jogador de futebol a tornar-se embaixador da ONU, procurou sempre transmitir o bem.
Para mim, a imagem que fica não é do atacante com sobre-peso que joga com o nome pelo Corinthians. Ronaldo, será eternamente o atacante de arrancadas fenomenais e gols improváveis. E para ser justo com isto, termino este texto com um dos jogos que marcou o início da minha idolatria pelo atacante (e um dos gols mais bonitos de sua carreira). Apreciem sem moderação.
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