Nem sempre um 0 a 0 é um jogo chato. Assim como uma partida cheia de gols não necessariamente é sinônimo de um grande jogo. Ao meu ver, o que aconteceu na goleada (mais uma) do Cruzeiro por 6 a 1 sobre o Tolima, ontem, pela Libertadores.
É preciso separar o que aconteceu em campo do placar da partida, enganoso. O Cruzeiro venceu, convenceu, garantiu vaga na próxima fase e faz belíssima campanha na competição. Mas foi um time repleto de problemas.
Novamente no 4-2-3-1, com Wallyson fechando a linha de meias pelo lado direito, o Cruzeiro não demorou para abrir o placar. A jogada individual de Montillo, com finalização perfeita de fora da área, mudou a história do jogo. Primeiro porque assustou os colombianos. Segundo, porque fez com que o Cruzeiro pudesse diminuir o ritmo e esperar o adversário.
Organizado num 4-3-2-1 que chega com muita gente ao ataque, o Tolima se mostrou mais uma vez um bom time. Tem equilíbrio, ofensividade, recomposição rápida, bom toque de bola e algumas referências técnicas interessantes. Falta porém maldade, cancha.
Em um dos vacilos do colombianos, Wallyson tomou a frente do zagueiro, driblou o goleiro e fez o segundo, ainda no primeiro tempo. Foram as duas chegadas do Cruzeiro ao ataque no primeiro tempo. Depois disto, o Tolima se soltou um pouco mais no jogo, mas também não conseguiu ameaçar Fábio.
O segundo tempo começou no mesmo ritmo. Lento. O Cruzeiro não tinha pressa para definir o jogo. O Tolima esbarrava em seu nervosismo para criar. As chances só apareceram quando os times erraram (e como erraram).
O Cruzeiro dava espaços demais na entrada da área. Marquinhos Paraná e Henrique saíam para fazer a cobertura dos laterais e deixavam um buraco no meio. Que o Tolima aproveitou para criar algumas oportunidades salvas por Fábio e também seu gol, marcado por Marrugo.
O Tolima era infantil nos contra-ataques, marcando a bola e deixando adversários livres. Assim o Cruzeiro fez o terceiro e o quarto, ambos com Roger (o último após cobrança de penalti). No fim, já com o Tolima cansado, abatido e com um jogador a menos, Gilberto e Thiago Ribeiro que entraram no segundo tempo definiram a goleada.
Apesar dos três resultados perfeitos dentro de casa, com 15 gols marcados e apenas um sofrido, o Cruzeiro ainda tem problemas. É um time extremamente dependente da individualidade de seus jogadores (principalmente Roger e Montillo) e com problemas de cobertura na defesa. O ponto positivo, é que parece que Cuca não está satisfeito. É um ótimo começo, para que o Cruzeiro consiga confirmar nas fases mais agudas, os ótimos resultados conquistados até aqui.
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