O líder é cascudo

Um início arrebatador, uma queda esperada e o líder já está na mesma posição há 16 rodadas. O Corinthians tropeça, sofre pressão da torcida, mas quando precisa vence. E não é ultrapassado, porque o Campeonato é equilibrado e o perde-ganha é normal.

Corinthians e Flamengo fizeram um jogo emocionante, brigado e com todos os ingredientes de uma decisão: estádio cheio, jogo equilibrado, alternância no placar, discussão, polêmicas. No fim, melhor para os donos da casa, que venceram de forma justa e voltaram à ponta.

Desde o início do jogo, o Corinthians imprimiu ritmo forte e tentou sufocar o adversário. No 4-2-3-1 de sempre, o time incomodava a saída de bola e não permitia ao Flamengo ter a bola. Acuado e com mutias dificuldades na saída de bola, os cariocas abusavam da bola longa sem velocidade para achar um contra-ataque capaz de surpreender o Corinthians.

Mas enquanto o time de Tite empilhava chances perdidas e Felipe começava a se destacar no jogo, Ronaldinho Gaúcho bateu escanteio com a maestria de sempre, Renato desviou na primeira trave e Deivid sozinho abriu o placar. Gol que fez o Corinthians se assustar e que permitiu ao visitante respirar e controlar o jogo até o fim do primeiro tempo.

Na etapa final, Tite mexeu no time para reoxigenar o setor ofensivo e mostrou que seu elenco está anos-luz à frente da equipe de Luxemburgo. Enquanto ele pode apostar no bom jovem Weldinho, no rodado Danilo e no ótimo William; Luxemburgo colocou em campo o promissor Muralha e os insossos Fierro e Botinelli (o segundo, que alterna ótimas partidas com jogos absolutamente apagados).

O Corinthians ganhou força e espremia um Flamengo que foi se recuando cada vez mais. Até não suportar a pressão em campo, tentar partir para a agressão (com Gustavo em lance tosco pra cima de Liédson) e sofrer a virada, com dois gols do agredido.

O resultado foi justo. E o Corinthians dá mais uma demonstração de força quando lhe é pedido. É candidato fortíssimo ao título porque tem um bom time, um elenco muito qualificado e um técnico sóbrio e que sabe o que fazer.

Quanto ao Flamengo, que sai do G-4 e chega há sete jogos sem vencer, é hora de repensar. Brigar por uma vaga na Libertadores parece mais palpável no momento. O time é bom e tem Ronaldinho, acima da média. Mas o elenco (pobre em relação aos adversários) impede que o time consiga manter o nível por muitas rodadas. Números que o excesso de empates que mantiveram longa invencibilidade quase conseguiram encobrir.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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