Jogar melhor não basta

Antes de rolar a bola na Arena do Jacaré, era impossível não considerar o Corinthians favorito contra o instável Cruzeiro. Era o jogo do líder contra o time que não havia vencido uma partida sequer no returno.

Em campo, o que se viu foi um jogo equilibrado. Cruzeiro e Corinthians alteranaram o domínio, viveram bons e maus momentos na partida. Até que no fim, valeu o equilíbrio para o time mais bem posicionado na tabela. E uma vitória por 1 a 0 que mantém o time forte demais na briga pelo título.

O primeiro tempo foi mais equilibrado. Os dois times atacavam melhor do que defendiam pelos lados. O Cruzeiro tentava impor marcação adiantada com seus três volantes mas tinha dificuldades quando o adversário avançava em velocidade. O Corinthians deixava espaços para Montillo trabalhar e dava uma imensa avenida nas costas de Ramón para Vitor. Os dois times tiveram boas chances mas a etapa inicial terminou sem gols. Graças à boas defesas de Fábio. E a falta de poder de definição de Keirrison, que escapou sem marcação mas não chutou nem passou para Montillo que fechava sozinho.

No segundo tempo, com Diego Renan e Anselmo Ramón no time (o primeiro entrou ainda na etapa inicial, na vaga do lesionado Éverton) o Cruzeiro dava a impressão de atacar mais. Pura armadilha do Corinthians, que recolheu suas linhas a espera do contra-ataque. A estratégia que não funcionou bem no primeiro tempo, ficou óbvia no segundo.

O Cruzeiro tinha a bola mas ameaçava pouco. Montillo achava menos espaços, Anselmo Ramón ficava encaixotado pelos zagueiros paulistas e Wellington Paulista viveu dia de Wellington Paulista. Tite viu sua estrela brilhar quando colocou Edenílson e no primeiro lance o atacante aproveitou a sempre agradável avenida Diego Renan e rolou para Paulinho marcar o único gol do jogo.

Perdendo, o Cruzeiro foi obrigado a sair. Teve chances para empatar. Júlio César fez duas ótimas defesas. Montillo perdeu um penalti muito mal marcado pela arbitragem (mais um penalti desperdiçado pelo ótimo argentino, que não tem neste tipo de cobranças um bom atributo). Escancarou seus problemas defensivos já que é um time que simplesmente não desarma. Com um, dois ou três volantes, o Cruzeiro ocupa espaços mais não morde.

A derrota não pode ser tratada como inesperada. O Cruzeiro evolui, mas jogar bem não muda nada. O time que conquistou apenas 4 dos últimos 33 pontos vê a zona de rebaixamento cada vez mais próxima. Perder para o líder, é comum. Anormal é não vencer 11 jogos em sequência num Campeonato de 38 rodadas. A reação do Cruzeiro não pode tardar. E o Atlético-GO, de ótimos resultados no returno, não será tarefa fácil.

Já o Corinthians, segue mostrando maturidade. É um time que sabe onde pode chegar. Está desde o início na ponta e não dá indícios que vá sair.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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