Motivos para festejar

Já havia acontecido no milésimo jogo de Rogério Ceni. Hoje, o Morumbi voltou a viver uma tarde de festa para o São Paulo, na reestreia de Luis Fabiano. Mas desta vez, o fim foi diferente. E só o Flamengo saiu com motivos para comemorar.

Com Luis Fabiano no ataque, o São Paulo ganha upgrade óbvio. Ganha uma peça que o time não tinha e possibilidades para o elenco. Mas o clima de festa fez mal. Para o camisa 9 e para todo o time, que tentava a todo instante consagrá-lo.

Mesmo assim, o Tricolor começou melhor. Marcava adiantado e impedia o Flamengo de ter a bola. Mas como todos os times do Adilson, o São Paulo depende demais de seus volantes. E com Casemiro e Cícero pouquíssimos inspirados, o time tinha dificuldades. Além disso, Dagoberto e Lucas, talvez pelo pouco costume de ter um verdadeiro centro-avante no time, pouco entravam na área para ficar próximos à área de decisão.

Aos poucos, o Flamengo encaixou seu jogo. Airton marcava bem à Lucas e Thiago Neves participava mais da saída de bola. Além disso, o time achou uma ótima válvula pela esquerda. Ronaldinho distraía Wellington e abria um corredor imenso para Júnior César, que não era seguido por ninguém. Nas duas primeiras vezes, Deivid cabeceou bem mas Rogério Ceni foi ainda melhor. Na terceira, Thiago Neves abriu o placar.

Antes disto, Lucas havia sido expulso por duas faltas bobas. Prejudicou muito o São Paulo que precisava dele e que precisava da vitória. Adilson foi obrigado a recompor o time e colocou Carlinhos Paraíba (estranhamente sacado dos titulares) tirando Luís Fabiano que não suportaria os 90 minutos. Mesmo com 10, o São Paulo conseguia equilibrar o jogo. E Willians, por 2 faltas muito parecidas com as de Lucas, acabou deixando o Flamengo com um a menos também.

O São Paulo cresceu para buscar o resultado que lhe interessava. Até que o decisivo Dagoberto acertou chutaço da entrada da área para fazer justiça no placar. O empate em um jogo disputado e morno, era justo (nota: Dagoberto fez o gol, tirou a camisa e levou cartão. No lance seguinte fez falta para amarelo, mas quem amarelou foi o árbitro).

Quando o jogo parecia destinado ao empate, que satisfazia as duas equipes àquela altura, Renato tentou chute despretencioso do meio da rua, que terminaria em defesa fácil de Rogério Ceni. Terminaria, não fosse o destino em Carlinhos Paraíba, que matou o goleiro e deu três pontos ao Flamengo.

Se vencesse, o São Paulo assumiria a liderança. Perdeu e além de não conquistar o objetivo, ainda recolocou o Flamengo na briga. A festa, atrapalhou em determinados momentos. Mas não foi fundamental no resultado. A demora para corrigir a marcação pelo lado direito, a irresponsabilidade de Lucas e o azar no lance fatídico ajudaram. Mas não tenho dúvidas que com Luís Fabiano o Tricolor vai crescer e ainda brigará pelo título.

Motivos para comemorar? Só o Flamengo tem. Mesmo sem brilhar, o time de Luxemburgo se aproveita do cochilo alheio para voltar a pensar grande.

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Um comentário:

Felipe Saturnino disse...

http://opitacoboleiristico.wordpress.com/

Para quem quer saber mais sobre futebol. O Pitaco é mais um blog com análises e críticas, expondo debates sobre o esporte bretão.

O autor tem apenas 13 anos. Isso é ainda mais curioso.

Acessem: http://opitacoboleiristico.wordpress.com/

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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