Decepção e (pouca) esperança

É preciso destacar o óbvio efeito da altitude. Mas ficou claro que o Flamengo "se poupou" mais do que deveria na altura de Potosí. Atuação abaixo da crítica e derrota mais do que justa para um Real Potosí que não fosse a cidade, que mete mais medo que o time, seria candidato a nada em qualquer campeonato de nível que disputasse.

Impressionou a postura defensiva do Flamengo. O problema de isolamento dos atacantes, já citado centenas de vezes neste blog desde o ano passado, ficou atenuado na Bolívia. Quem vinha de trás parecia querer poupar fôlego e, tirando as bolas paradas, em nenhum momento o rubro-negro chegou com mais que três jogadores à intermediária ofensiva.

Mesmo com a atuação acuada e ruim, o Flamengo levou pouco sustos. Fraco tecnicamente, o Potosí só chegou com perigo algumas vezes. A maioria delas, em bolas paradas. Pelo alto, o desempenho também tradicionalmente ruim do Flamengo piorou. Assim saíram os dois gols dos bolivianos. Antes deles, Léo Moura fez grande jogada pela direita para a conclusão de Luiz Antônio, o melhor do time.

Não dá para não crer no Flamengo como favorito absoluto à vaga no Engenhão. Basta vencer por 1 a 0.

Não dá para acreditar no atual time de Luxemburgo e Ronaldinho. Falta tudo. Uma possível eliminação no Engenhão será um vexame sem precedentes. Mas não será tão surpreendente assim.

PS: Chocante que Renato, que não acertou uma jogada sequer, tenha ficado os 90 minutos em campo. Inadmissível que com o meio-campo tão pobre, Bottinelli que foi o melhor nos jogos da pré-temporada não seja titular.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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