Embora a incrível mania brasileira de apontar qualquer adversário derrotado como fraco apontasse para uma Dinamarca facilmente atropelada pela Holanda na abertura do "Grupo da Morte" da Euro 2012, o que se viu na Ucrânia foi bem diferente. Um jogo interessante, equilibrado e com o melhor time tomando a iniciativa, mas encarando um adversário competente na defesa e saindo com qualidade e paciência ao ataque.
Desde o início a Holanda assumiu o controle. Impressionante movimentação do trio de meias que se aproximava de Van Persie e facilidade para criar chances, finalizando mal. Mais agrupada, a Dinamarca demorou a encaixar a marcação mas assim que o fez passou a se soltar mais buscando o contragolpe. E foi justamente o agrupamento que fez a diferença.
A Holanda tinha blocos bem definidos. O defensivo, formado por quatro a seis homens (embora os volantes tentassem fazer marcação adiantada e praticamente não desarmavam). O ofensivo, formado pelos quatro melhores jogadores do time. Que faziam boa partida, buscavam, se movimentavam, mas estavam sempre em inferioridade numérica em relação ao adversário.
A Dinamarca marcava e jogava com todos. Recuava as linhas sem a bola, avançava rápido com ela. Chegou ao gol com Krohn-Dehli e seguiu levando perigo nos contra-ataques. Teve uma proposta inteligente e que funcionou para largar com resultado importante no grupo mais difícil da primeira fase.
No fim (tarde demais), Van Marjwick tentou abrir o time e a Holanda fez pressão com mais gente na área. Mas nervosa, não conseguiu sequer empatar o jogo. Fica em situação delicada, com dois jogos duros pela frente. Mas ainda é cedo para descartar o grande time que pode se recuperar, desde que se agrupe melhor e consiga fazer o sistema defensivo funcionar.
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