Herói improvável em jogada previsível

Betinho, 24 anos. Um gol em 2012 e contrato de três meses com o Palmeiras. Pouco futebol. O segundo gol na temporada veio já no fim do "período de experiência" prometido por César Sampaio. Desvio de cabeça que valeu o título da Copa do Brasil. Improvável e histórico.

Assim como toda a campanha do Palmeiras na Copa do Brasil. No melhor estilo Felipão, diga-se. Uma panela de pressão com problemas dentro e fora de campo. Blindados por um treinador que sabe (e soube) reconhecer as limitações do plantel e fazer um time de marcação forte e mortal na bola parada de Marcos Assunção.

Com a força da torcida, o Coritiba precisava da intensidade que teve no primeiro tempo em Barueri, com mais capricho na hora de finalizar. Não teve nenhum dos dois. Tentava e era melhor com Rafinha insistindo nas jogadas individuais contra Juninho, que levou cartão amarelo logo aos 4 minutos. Mas criava pouco com Everton Ribeiro muito bem marcado por Henrique. Não demorou para a torcida esfriar, o jogo esfriar (com imenso auxílio de Sandro "Falta" Ricci) e o time de Felipão se ver confortável em campo.

Bruno assistia o jogo sem ser incomodado até o início da etapa final. Lincoln foi derrubado em jogada individual e Ayrton balançou as redes. Gol do Coritiba que surgiu com as duas mudanças feitas por Marcelo Oliveira. Pressão que seria enorme se o time paranaense não continuasse parecendo não se importar com a jogada forte do Palmeiras. Mais previsível impossível: cobrança de Assunção e gol. Mais improvável impossível: Betinho marcando o tento da tranquilidade.

O Palmeiras reencontra o caminho dos títulos com Felipão. Improvável e importante. Como será mais importante ainda se planejar melhor e tentar fortalecer o elenco pobre. Que a diretoria saiba diferenciar os verdadeiros heróis daqueles que simplesmente estavam no lugar certo na hora certa, como Betinho. Para seguir alçando vôos cada vez mais altos, o campeão invicto da Copa do Brasil precisa voltar a pensar como tal.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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