O casamento chegou ao fim. O fim da parceria entre torcida e time do Atlético já era um filme anunciado há algum tempo. Hoje foi a gota d'água. A vitória do alvinegro carioca foi decretada no intervalo: Cuca, com boas opções, fez o Botafogo crescer. Já Leão, com um banco fraco, não fez boa escolha, e acabou obrigado a assistir uma boa virada do adversário.

A partida não foi nada boa. O primeiro tempo, fraco tecnicamente teve poucos momentos de emoção. O início do Atlético deu a impressão de que o time partiria para cima, e não teria dificuldades para conquistar os três pontos. Uma bola na trave com Marquinhos e um "quase golaço" de Vanderlei, em sua única finalização durante toda a partida. No entanto, aos poucos o time começou a errar passes em demasia, e o Botafogo começou a ganhar espaço. E justamente quando o time carioca parecia crescer, o Galo achou um gol, em chutão de Rafael Miranda que encontrou Danilinho sozinho na área para marcar. Daí, até o fim do primeiro tempo, pouca ou nenhuma emoção.

No intervalo, Émerson Leão sacou Éder Luis, por ordem médica e colocou o volante Batista, com a intenção de fechar o meio-campo. Já o Botafogo, voltou com Zé Roberto e mais um zagueiro, com o objetivo de ganhar a faixa central do gramado. Conseguiu. Graças à boa atuação de Túlio e Lúcio Flávio, o time carioca dominou as ações e deixou os mineiros perdidos, obrigados a dar chutões com o objetivo de fazer a ligação com o ataque. Não era difícil imaginar o final da história: com dois gols, o Botafogo encontrou a primeira vitória depois de cinco jogos na competição e voltou à luta pelo título do Brasileiro.

Venceu o melhor. Apesar da fraca partida, o resultado foi justo para o Botafogo, que procurou mais o gol, principalmente na etapa final.