Em grande jogo de futebol, o Cruzeiro venceu o Goiás, mas não ficou com a vaga na próxima fase da Copa Sul-Americana. A partida não ganhou a denominação "grande jogo" pela técnica, nem pelos lances memoráveis e de grande emoção. O destaque do jogo foi a determinação de ambos os times, a luta pelo resultado e principalmente: o duelo tático entre Dorival Júnior e Paulo Bonamigo.

O esmeraldino goiano veio com a única intenção de se defender do início ao fim. Com três zagueiros e dois volantes, congestionou o meio-campo. Com dois meias bem abertos com a única intenção de marcar os avanços dos laterais cruzeirenses, dificultou ainda mais a entrada da raposa em seu campo. Uma defesa praticamente imbatível, e comandada por um excelente goleiro. Sob a batuta de Paulo Baier, ainda conseguiu levar perigo, e com um atacante um pouco melhor do que o fraco Cristiano, poderia ter encontrado um gol.

Já o Cruzeiro, buscou o resultado durante os 90 minutos. Conseguiu um gol logo aos 14, e deu a entender que dificilmente deixaria escapar a vaga. Com a defesa firme (com ótima partida de Jonathan e Thiago Heleno, principalmente) e um meio-campo batalhador, faltou ao Cruzeiro um pouco mais de tranquilidade, de fazer a bola girar para encontrar os espaços. Dessa vez, Alecsandro não marcou, fez um ótimo primeiro tempo, mas no segundo foi muito marcado. Nenê foi inexistente, enquanto Marcelo Moreno deu movimentação, mas não foi efetivo.

No fim, o placar foi justo. Por mais que o Cruzeiro tentasse, o Goiás não deu chances ao azar, e fica com a vaga. Muita gente vai lamentar a arbitragem da primeira partida, claramente parcial para os goianos, mas fica a certeza que o time mineiro sai fortalecido para a disputa do título brasileiro, mesmo sem a vaga.

PS: Sensacional a participação da torcida do Cruzeiro, que soube ao fim do jogo reconhecer a entrega dos jogadores, e saiu com a certeza de dever cumprido e com a sensação de que este time vai longe na competição. Os aplausos ao fim da partida foram mais do que justos.