O jogo esteve longe de ser brilhante tecnicamente, mas uma partida boa para assistir. Em alguns momentos emoção de tirar o fôlego, outros de dar sono, e calos nas vistas. Contando novamente com o apoio da torcida (graças à redução de 75% no preço do ingresso), o Galo poderia (e tinha que) ter vencido, mas abusou novamente dos erros e acabou se salvando com um empate, que livrou o time da zona do rebaixamento. Para o Inter, o empate tem nome: Abel Braga. O técnico mexeu muito bem no intervalo, acertou o time e com 17 minutos abriu dois gols de vantagem; depois disso abriu mão de atacar, recuou demais o time, mexeu mal e acabou assistindo ao empate do adversário.

Na etapa final o Inter cresceu e partiu pra cima. O ótimo Guiñazu, com espaço no meio, puxava os principais ataques, enquanto os jogadores do alvinegro prendiam demais a bola, principalmente Marcinho. Não demorou para os gaúchos chegarem aos dois gols, em jogadas aéreas e aproveitando falhas da defesa adversária. E aí o Mineirão virou uma panela de pressão. A metade dos torcedores, que ficou no estádio, optou por protestar, tendo como principal alvo a diretoria. Leão mexeu bem no time, deu novo gás, e apesar de totalmente atabalhoado e sem técnica o Atlético pressionava. O Inter recuou. Fernandão virou meia, Gil deu lugar a um volante e Abel ainda colocou um terceiro zagueiro. E o Galo teve espaço para atacar com todos os jogadores. No contra-ataque, um pouco mais de capricho poderia ter dado o terceiro gol ao colorado. Mas quem chegou aos gols foram o Atlético, 2 vezes em 3 minutos. Poderia ainda ter virado, não fosse as ótimas intervenções do goleiro Renan, o melhor em campo.

Empate justo e palpite errado.

Foto: Alexandre Lopes - Site oficial do Internacional