O resultado foi ruim para as duas equipes. Mas o jogo foi bem pior para quem assistiu. O Paraná foi injustiçado, e saiu com gosto de derrota. Mas seu time foi incompetente. O Atlético pode comemorar e festejar este ponto somado, pois pode ser importante. Mas deve ter pesadelos com esse time.

O jogo começou muito quente, com o Paraná partindo pra cima e criando ótimas oportunidades de abrir o marcador. Em duas delas, não fossem as belas defesas do goleiro Juninho, os paranistas teriam saído na frente. O Galo, sentiu muita falta de Danilinho e Éder Luis (e quando jogadores deste nível fazem falta, é porque a coisa está feia mesmo) e não teve velocidade para chegar ao ataque. Bilú, Marcinho, Coelho e Thiago Feltri carregavam demais a bola, demoravam para tocar e não conseguiam armar o contra-ataque.

Depois dos 15 minutos, o jogo morreu. Virou uma verdadeira pelada. De uma intermediária à outra, as equipes disputavam qual errava mais passes. E confesso que não encontrei vencedor. O Paraná continuou sendo mais perigoso, e se o atacante Vandinho não fosse tão desprovido de capacidade técnica, o time teria encontrado centenas de gols, sempre jogando nas costas do lateral Coelho. Josiel, em noite também nada inspirada, não conseguiu nada. Destaque apenas para o camisa 7 (esqueci de levar meu rádio e fiquei sem saber se ele era o Jumar ou o Adriano. Habilidoso e que joga pra frente, mas afobado na hora de dar o passe.

Veio o segundo tempo, e pouca coisa mudou no panorama. O Atlético deu uma melhorada, com a entrada de Lúcio, mas ele se juntou à turma do "não toco para ninguém" e acabou fazendo o Galo perder boas chances de chegar ao gol. As chegadas mais perigosas, porém, foram mesmo nas bolas paradas de Coelho, que levaram perigo algumas vezes. Para o Paraná, faltou preparo físico. O time não tinha a mesma velocidade e o mesmo ímpeto na etapa final. E ficou aquele lenga-lenga, até a partida se encaminhar para o final. Leão mexeu muito mal. Tirou Marcinho, que não fazia grande partida, mas era a única cabeça pensante da equipe. Colocou Tchô, que parecia ter comido duas feijoadas, e nada produziu. Depois entrou Marquinhos, que também não acrescentou. E sem emoção a partida se arrastou para o final. Existia uma expectativa pois era o famoso jogo do "tudo pode acontecer". Mas nada aconteceu. 0 a 0.