O que você faria se, no meio de seu trabalho um cliente ou algo parecido invadisse a sua sala, te xingasse e tentasse te agredir? Tenho certeza que para todos aqueles que não são traficantes de drogas a resposta seria: chamaria a polícia.

Mas não é só no tráfico que as coisas funcionam de maneira diferente. No futebol, a onda é passar a mão na cabeça de vagabundo.

Ontem, foi a vez do Fluminense. Antes, já foram Flamengo, Corinthians, Atlético-MG. O próximo, pode ser qualquer um no Brasil.

Tudo isto, graças à pornográfica relação entre diretoria e torcedores profissionais. Infelizmente, é assim na maioria dos clubes. Sabe-se lá porque.

A história é a mesma. Cara de mal, um grandalhão na frente, xingamentos e confusão. Depois de tudo isso, nada de polícia. Os "torcedores" ainda tem direito de conversar com diretores, técnicos e até jogadores. Se sentem no direito de fazer exigências.

O Fluminense é apenas mais um na lista. Por isso, não vou criticar individualmente a diretoria, que insiste viver fantasias de marketing e numa parceria onde só a Unimed se dá bem.

Tudo isto, logo numa semana onde teremos o Beira-Rio lotado mais uma vez. O Maracanã, com mais de 58 mil vascaínos. O Mineirão com o maior público da Libertadores. Qual torcedor está colaborando mais?

O pior, é saber que algumas exigências serão atendidas. Que os mesmos vândalos, estarão na arquibancada na próxima partida. E que no próximo desempenho negativo, eles voltarão, com mais moral, para fazer cobranças na hora errada.

Deixo uma pergunta: alguém consegue imaginar cenas como estas num treinamento do Manchester United? Não é só o dinheiro que leva os ótimos jogadores para o exterior. Podem ter certeza.