Foi o jogo mais difícil para o Brasil na Copa das Confederações. Mas foi também a pior atuação da seleção por lá. Junte isto à uma boa atuação e uma segura armação tática de Joel Santana na África do Sul e está pronto o terreno para um jogo sofrido.

Foi assim. E o 0 a 0 parecia a tônica da partida na etapa final. Muito aconteceu, antes disso, porém.

O Brasil não teve grandes atuações individuais. Maicon e Ramires não brilharam como nas outras partidas, principalmente porque foram muito bem marcados. Kaká então, nem se fala. Tinha sempre um jogador em sua cola. Robinho, novamente foi figura nula. Quem melhor aparecia (André Santos), pecava pelo excesso de firula e preciosismo.

Já a África do Sul, foi muito bem. Os dois meias abertos impediam as subidas dos laterais. Todo mundo sabia a quem marcar. E Pienaar estava mesmo disposto a engolir a bola. Jogou demais. Mas não há um bom centro-avante na equipe sul-africana. Com um bom homem de frente, eles poderiam ter apertado o jogo contra a Espanha e também ontem, contra o Brasil.

Mais uma vez, apesar do resultado ruim e do jogo amarrado, Dunga não mexeu na estrutura da equipe. E nem nas peças. Parece confiar demais no seu taco e em sua sorte. Não busca algo diferente daquilo que acredita ser o melhor para a Seleção. Só "ousou" quando sacou André Santos e colocou Daniel Alves, improvisado na esquerda. O mesmo lateral, que marcaria, sete minutos depois, o único gol do jogo. Gol da vitória.

Além de tudo, Dunga segue com muita estrela. É um cara de sorte, e isto é inegável. Não entendam como algo ruim. Pelo contrário. É muito bom ter gente assim no comando da Seleção.

A Copa das Confederações termina no domingo, contra os Estados Unidos. Já teve um ponto positivo e um negativo. O ruim, é que nosso treinador não vai mudar a forma da equipe jogar. Sempre que formos bem marcados, será este sufoco. A boa, é que estamos livres de Kléber. Este aí, parece que não volta mais. Que Dunga dê chance à Fábio Aurélio e repense a saída de Marcelo.