Surpreendente, só a campanha dos Estados Unidos. Principalmente, pelas duas primeiras rodadas. Ninguém dava nada para o time americano que chegou á final e por pouco, muito pouco, não ficou pelo título.
O Brasil vencer os 5 jogos da Copa das Confederações não é nada surpreendente ou anormal. Mas é um feito interessante e que serve apenas para dar ainda mais moral para Dunga e seu time. Se alguém ainda acreditava que poderíamos ter outro técnico em 2010, com certeza, desistiu depois dessa.
Ontem, o placar do primeiro tempo apontava para um possível título americano. 2 a 0. Conquistados em falhas do Brasil, que por incrível que pareça não jogava mal. Apenas errava na estratégia. O time tinha a posse de bola, controlava a partida, mas abusava das jogadas pelo lado direito, onde Maicon, sozinho, cruzava para consagrar os zagueiros americanos. Enquanto isto, os Estados Unidos abria a vantagem, com dois belos gols. Destaque para a fantástica arrancada de Donovan, no segundo.
Mas na etapa final, o Brasil passou a jogar com inteligência. Principalmente, porque Kaká se movimentou mais e demais. Assim, abria espaços na defesa americana e ajudava os laterais no apoio. Em um destes deslocamentos, deixou Luís Fabiano no mano a mano para diminuir logo no início. Um golpe fatal para os americanos que esperavam deixar nervoso o time brasileiro. Ali, o Brasil viu que tinha força para virar. Era só jogar.
E foi o que o time fez. Variando as jogadas pela direita e pela esquerda. Só Robinho, mais uma vez, ficou devendo. Na base da força, os gols saíram. Novo deslocamento de Kaká, desta vez pela esquerda. Atraiu a marcação e cruzou. Depois do rebote, Luís Fabiano de novo empatou. E no finalzinho, quando a prorrogação já parecia possível, a jogada mais forte do Brasil funcionou. Escanteio bem batido por Elano e gol do capitão Lúcio.
3 a 2 e título merecido. O Brasil teve a melhor campanha e jogou o melhor futebol. Ponto para Dunga, que mais uma vez mostrou suas qualidades. Peca apenas, por nunca alterar a forma de jogar da equipe. Ontem, por exemplo, poderia ter ousado, colocando Elano no lugar de um dos volantes e mantendo Ramires. Não fez, mas deu certo. E isto que importa.
Ponto positivo para Lúcio (capitão sem clube), Daniel Alves (reserva e grande trunfo), Ramires (mesmo jogando mal a final, ganhou a posição de titular) e Luís Fabiano (apesar da pressão, artilheiro da Copa).
Ponto negativo para Kléber (dificilmente será convocado novamente) e Robinho (o pior jogador do time titular na Copa).
Temos um time para a Copa do Mundo no ano que vem. Restam poucas vagas.
3 comentários:
Poucas vezes um jogador mereceu tanto um momento como o Lucio neste domingo. Por tudo que fez na carreira, pelo caráter, pela dedicação em todos os jogos. Parabéns ao nosso campitão. O time está sólido, tem padrão definido e Dunga faz questão de manter isso.
O 4-2-3-1 ficou de vez na Seleção. Falta alguém pra brigar com o Robinho e alternativas na lateral esquerda.
Que essa seleção siga nos dando orgulho e resgatando esse sentimento no torcedor brasileiro.
O Brasil já tem um padrão de jogo. Independentemente dos nomes isso é bom. Resta apenas definir a lateral esquerda. No momento, sou mais Fábio Aurélio
A seleção esta de parabens, mostrou superação e garra, quando não dá na bola tem que ser na raça. abraço.
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