Era a cereja no bolo. Depois de seis meses praticamente brilhantes, faltava um título de grande expressão para o torcedor corinthiano poder gritar definitivamente que "o coringão voltou".
Série B, Campeonato Paulista e agora Copa do Brasil. Três títulos, em sete meses. Terceiro título da Copa, pelo Corinthians. Justíssimo. E conquistado dentro de campo.
Precisando vencer por 3 gols de diferença, Tite errou ao apostar em Glaydson. Andrezinho daria dor de cabeça ao Corinthians. Que sabia, desde o início, que um gol a seu favor definia a parada em Porto Alegre. E por isso, não se intimidou. Segurou o Inter nos primeiros 15 minutos e resolveu jogar também. E logo, resolveu o jogo. Primeiro com Jorge Henrique (1,68m), de cabeça. Depois, com André Santos, o melhor em campo.
Atordoado, o Inter se perdeu de vez. De vez, porque o time já entrou nervoso demais, se preocupando demais com a arbitragem. O "dossiê", com certeza não funcionou. Principalmente, porque Ricardo Marques Ribeiro foi muito bem. Sabia que era um jogo nervoso e controlou como pôde. Não influenciou em nada o resultado.
Enquanto o Internacional, atônito, reclamava do juiz, o Corinthians jogava. E não fez o terceiro, com Ronaldo, por capricho do atacante, cara a cara com Lauro. Fim de primeiro tempo, e a Copa do Brasil 2009 já estava decidida.
No intervalo, Tite tentou consertar o erro. Colocou Alecsandro na vaga do perdido Glaydson. O Corinthians, apenas se defendia, esperando o fim do jogo. E acabou sofrendo dois gols, ambos com Alecsandro. Faltando 15 minutos, o Inter precisava de mais três gols. Era praticamente impossível. Mas sonhar, seria possível, se D'Alessandro (que já mostrava vontade de ser expulso desde o primeiro tempo) não aprontasse uma confusão e fosse colocado para fora. Além de tudo, fez papel de ridículo, tentando levar Willian do Corinthians com ele. Enquanto ele corria atrás do zagueiro, o corinthiano estampava um sarcástico e humilhante sorriso de campeão. Não cairia jamais no destempero do argentino.
Depois, Elias, Mano e Tite acabaram expulsos também. Magrão quis aparecer, quis ser "mais homem" que Elias. E não houve mais futebol. 2 a 2. E um título justíssimo para o Corinthians.
O Inter tem um ótimo time. Mas falta um algo a mais. Que pode vir, com outro treinador, mais experiente e "linha dura". O Inter precisa de Muricy. E Muricy precisa do Inter. Os dois, juntos, tem tudo para fazer uma brilhante campanha no Brasileirão, e no mínimo, conquistar a vaga na Libertadores perdida ontem.
Já o Corinthians, chega ao título para coroar um trabalho brilhante. Que começou ano passado e gradualmente foi chegando ao estágio atual. Um time maduro, sereno, competente. Que sabe o que quer. E que com certeza, vai querer mais. Quem sabe a Libertadores, no ano do Centenário.
Um comentário:
Grande conquista essa do Corinthians que esta mostrando um otimo futebol e merece a fase que vive, esta em estado de graça, do inferno ao céu em menos de 8 meses, abraço.
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