Não foi um grande jogo. Muito pelo contrário. Por mais que tenha feito a sua parte com quase nenhum susto, o Estudiantes ficou devendo na primeira partida do Mundial de Clubes. Porém, fez o mais importante. Espantou a zebra sul-coreana e se garantiu na final, à espera do adversário, que será o Barcelona (convenhamos: o Atlante não tem a menor chance).

Vários fatores levaram o Estudiantes a vencer o Pohang Steelers apenas por 2 a 1 na semifinal do Mundial.

O primeiro deles, o aparente nervosismo dos argentinos. Estavam tensos, pois sabiam que tinham a obrigação de ganhar. Era um jogo importantíssimo, para entrar para a história. E por saber que não podiam errar, os jogadores acabaram errando demais.

O segundo deles, a mudança tática promovida por Alejandro Sabella, que deixou Boselli muito isolado no comando do ataque. E que deixou Verón muito preso no campo defensivo, mesmo que não tivesse obrigação de marcação. Faltou ao Estudiantes a aproximação de seu melhor jogador com o ataque.

Vale lembrar também, que o Estudiantes de hoje, perdeu em relação ao Estudiantes que venceu o Cruzeiro na final da Libertadores. O bom goleiro Andujar, o lateral da seleção Angeleri e o astuto Gastón Fernandez não fazem mais parte do elenco alvi-rubro. Os substitutos não vieram com a mesma qualidade.

O terceiro e último motivo, foi a violência praticada pelos sul-coreanos em campo. Como bateu o fraco time do Pohang. No fim, teve três jogadores expulsos. Um deles, o goleiro (diga-se de passagem, este expulso com exagero). Denílson, autor do único gol da equipe e único jogador capaz de fazer algo diferente, acabou a partida no gol. E depois disso, o árbitro deixou de expulsar pelo menos mais dois atletas da equipe, preferindo contemporizar do que encerrar a partida.

Porém, todos estes fatores devem ficar para trás na partida final, no próximo sábado. O Estudiantes transfere para o Barcelona a responsabilidade de vencer e jogar, e poderá fazer o seu jogo fluir de maneira mais natural. Certamente, será um adversário complicado, tradicional. E pode, porque não, surpreender com sua fibra tradicional os espanhóis na decisão.