Confusão de Estado

Mais uma polêmica envolvendo os Campeonatos Estaduais. E quando ela chega, voltam todas as antigas discussões. Vale a pena manter os Estaduais no já apertado calendário brasileiro?
Tudo começou graças ao jogo entre América de Teófilo Otoni e Atlético-MG, na quarta-feira, pelo Campeonato Mineiro. A partida, disputada em uma chuva fora do comum, foi interrompida aos 20 minutos do segundo tempo, pois o campo não oferecia condição alguma para um jogo de futebol.

A situação já era péssima no fim do primeiro tempo. Pela TV, eu não autorizaria sequer o reinício do jogo no segundo tempo. No primeiro tempo, um movimentado e interessante jogo que ficou 2 a 2. No segundo, não houve futebol. Só chutão e água para todo lado.


O árbitro, no entanto, resolveu tentar. Precisou de nove minutos no segundo tempo até interromper o jogo. Converou com os jogadores e disse que esperaria vinte minutos. A chuva diminuiu o ritmo e ele logo fez com que os times voltassem à campo. O gramado continuava péssimo e pouco depois a chuva voltou a apertar. Resultado: encerramento definitivo do jogo.
Em meio à muito disse-me-disse, a Federação remarcou os 25 minutos finais para a próxima semana. Antes disso, especulava-se até que o Galo poderia perder os pontos, pois não compareceu ao estádio no dia seguinte, quando uma inspeção comprovou que havia condições para o jogo. O fato, porém, é que o time da capital joga hoje, mais uma partida pelo Estadual.

O campo de Teófilo Otoni, que não é bom, ficou ainda pior. Corrêa e Diego Tardelli saíram lesionados da partida e vão desfalcar o Atlético-MG por algum tempo. Perdas complicadas.

Fato é que os Estaduais são fundamentais para o futebol brasileiro, por mais que pareça o oposto completo ser o mais correto. Um país com dimensões continentais como o Brasil não pode simplesmente excluir a chance dos pequenos times de disputar competições. E não há condições financeiras para fazê-los viajar de uma ponta a outra do país em semanas.

No entanto, é preciso rever a participação dos grandes times. Não faz sentido eles serem obrigados a jogar contra times péssimos em campos ainda piores. Excluí-los completamente, desvalorizaria a competição a ponto de torná-la inviável. Mas diminuir o desgaste e os riscos é fundamental.

Como fazer? Tarefa difícil, mas não impossível. Boas idéias estão aí. Basta ter paciência e boa vontade.

PS: a melhor sugestão, ao meu ver, foi a do amigo Henrique Comini, pelo Twitter. A volta dos Campeonatos Regionais (Sul-Minas, Rio-São Paulo, etc). Os piores nos regionais seriam rebaixados aos estaduais. E os campeões estaduais, vão para os regionais. Pode dar certo.

3 comentários:

Gremista Fanático disse...

É cara, complicado mesmo, acho que os Estaduais com os grandes são a salvação do pequenos, não se pode simplesmente acabar com eles assim sem um estudo aprofundado, tambem achei muito interessante a ideia do Henrique, mas a CBF não teria a mesma capacidade dele não, abraço.

Saudações do Gremista Fanático

João Luiz Mota da Cunha disse...

Eu nãoa cho que deveriam haver privilégios aos grandes nos Estaduais. E, mesmo que analisando friamente o achemos complicadores ao calendário, é complicadíssimo excluí-los. Porque, além dos fatores que você muito bem mencionou, ainda tem a rivalidade local, que é sempre um atrativo a mais. Eu sou a favor da manutenção dos Estaduais da maneirão que estão hoje, mesmo com a complicação do calendário. Os principais países europeus não tem Estaduais porque são países pequenos. Não teria muitos entido ter Regionais na Inglaterra, Espanha, Itália... Já o Brasil possui uma grande extensão territorial. Como você bem disse, a exclusão dos Estaduais acarretaria um grande prejuízo aos clubes pequenos. Abraço!

Leonardo Morais disse...

Gostaria de sugerir ao dono do blog colocar crédito nas fotos. As fotos do campo do América de Teófilo Otoni são minhas e não há nada indicando isso. Abraço. Leonardo Morais

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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