Dançou na hora certa

Não existe "hora boa para perder". Ganhar é sempre bom. E é sempre melhor do que perder ou empatar. Mas é bom quando uma derrota pode trazer ensinamentos e lições. E quando os pontos perdidos não farão muita falta. Foi o que aconteceu com o Santos, ontem, em um dos melhores jogos do ano na Vila Belmiro.


E logo que a partida começou, o encantador e envolvente ataque santista mostrou a que veio. Aproveitou-se de falhas da defesa palmeirense para com a tradicional velocidade e técnica fazer 2 a 0, com Pará e Neymar. O Palmeiras, sufocado, parecia entregue para uma goleada.

Mas o mundo do futebol dá voltas rápido demais. Ainda no primeiro tempo, a defesa do Santos parou para ver Robert empatar. E ainda baqueada pelo primeiro gol, levou o segundo três minutos depois. Neste momento, as danças à cada tento marcado, já tinham virado provocação. Provocação sadia, diga-se de passagem. E divertidíssima.

Empolgado com o empate, o Palmeiras se acertou na etapa final. Melhorou a marcação no meio-campo e passou a controlar a partida. O Santos seguia envolvente no ataque. Mas continuava mostrando que precisa melhorar muito a defesa para as grandes partidas. Em outro erro, Diego Souza colocou o Palmeiras na frente.

Em um jogo repleto de reviravoltas, o Santos conseguiu reempatar a partida com Mádson em outro passe magistral de Ganso. O time se empolgou além da conta para buscar a virada. Neymar exagerou na dose e foi expulso. E Robert acabou acertando um lindo chute para dar a vitória ao Palmeiras.

4 a 3. Um jogão. E um placar digno dos grandes jogos. Um resultado interessante, mas que precisa ser analisado com calma.

Primeiro o do vencedor. O Palmeiras conseguiu uma vitória muito importante. Mas ainda tem problemas demais, principalmente na defesa. Venceu mais na base da raça e da vontade de provar que é um time incomparável ao Naviraiense do que por um futebol correto taticamente. Mas conseguiu um passo importante para ter paz para trabalhar.

Segundo o perdedor. No jogo das danças, o Santos dançou na hora certa. Segue líder do Paulistão, mas percebeu que é preciso respeitar o adversário seja qual for. E que, apesar da fase brilhante, principalmente dos meias e atacantes, a defesa ainda tem muito a se acertar para poder brilhar na valsa final.

3 comentários:

Jefferson freire disse...

Vinicius, eu tenho prazer em ver os jogos do Santos, é o melhor futebol da atualidade. Mas acho que essas comemorações, apesar de não serem ofensivas, são provocativas e têm q ser feitas em momentos próprios e não o tempo todo. Para o adversário soa como desrespeito e provocação. Foi bom perderem para manterem os pés no chão. Como vc disse: "dançaram na hora certa". Estou torcendo pelo título do futebol arte, pelo título do Santos.

Abços

André Augusto disse...

Foi bom pro Santos descer do pedestal e ver se a equipe tem jogadores leves na frente, tem uma defesa lerda e falha. Vamos ver.

Gremista Fanático disse...

É cara nesse jogo o ditado mudou, quem dança por ultimo dança melhor, e o Palmeiras deu uma aula de dança no Santos, e bota divertidissima nisso, eu ri demais com a dança do Armero, foi sem duvidas um jogo pra não se esquecer tão cedo, abraço.

Saudações do Gremista Fanático

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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