Com Robben, o brilho é outro

A Holanda chegou à África do Sul como uma das favoritas. Assim como a Espanha, tinha que lutar contra o estigma de jogar bem, encantar mas nunca levar o troféu. Este ano, porém, a equipe conseguiu manter a tradição do jogo aberto e envolvente, mas passou a ter mais cuidados defensivos e saber "jogar feio" quando é necessário. Por isso, chegou com o triunfo de ontem aos 23 jogos sem perder.

Até então, porém, a equipe não encantou. O futebol pragmático e pouco vistoso aguardava pela entrada de Robben no time. O principal jogador holandês tinha jogado apenas 18 minutos no último jogo na primeira fase.

De fato, com ele em campo, a Holanda cresceu. O 4-2-3-1, passou a funcionar melhor, com Sneijder mais solto e mais responsabilidade. Com Robben prendendo a marcação e entrando com eficiência em diagonal. E com Kuyt alternando-se pela esquerda e no comando do ataque.

E numa jogada daquelas que todo mundo sabe o que vai acontecer, mas que os zagueiros não conseguem marcar, Robben cortou para a perna esquerda em diagonal e abriu o placar em chute de fora da área. A Holanda já era melhor no jogo.

Aliás, a Eslováquia pecou por deixar Hamsik, seu principal jogador, muito longe do gol. Jogando como meia, ele foi o principal responsável da histórica vitória sobre a Itália. Mesmo perdendo, a Eslováquia parecia satisfeita por ter chegado onde chegou em sua primeira participação em Copas. Não ousou, não tentou coisa diferente. A Holanda tinha controle do jogo e dominava amplamente o meio-campo.

No segundo tempo a Holanda percebendo a aceitação do adversário, acomodou. Passou a dar espaços demais. O suficiente para Vittek e Stoch perderem gols teoricamente fáceis. Ali, a Eslováquia poderia ter complicado um jogo que parecia ganho.

O susto caiu bem para a Holanda. Com Elia em campo, o time voltou a buscar o jogo veloz. E matou a partida em vacilo da defesa adversária e passe perfeito de Kuyt para Sneijder. 2 a 0 e partida definida.

No último lance, Vittek de penalti marcou o de honra da Eslováquia (o quarto dele na Copa, artilheiro ao lado de Higuaín). Que de fato, fez uma campanha honrosa. E interessante.

A Holanda será a próxima adversária do Brasil. Um confronto cercado de tradição e história. Um confronto imperdível. E se Robben é preocupação extra para a fraca marcação de Michel Bastos, é importante lembrar que o velho Bronckhorst também não é nenhuma sumidade na marcação no lado esquerdo holandês. Ali, podemos achar o nosso caminho.

Um comentário:

Unknown disse...

Brasil vai pegar meu favorito http://bit.ly/bUdxwR quem leva vantagem?

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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