Vermelhos de vergonha

Bastou uma rodada, 90 minutos, para muitos voltarem aos conceitos e lugares-comum que colocavam a Espanha como "amarelona". A derrota para a Suíça, mesmo jogando infinitamente melhor, fez a alegria daqueles que adoram dizer que camisas jogam sozinhas e que quem não ganhou uma Copa até hoje não vai ganhar nunca mais.

Hoje, estes aí devem estar vermelhos de vergonha. A Fúria venceu o melhor time da Copa até aqui por 1 a 0 e está na final inédita contra a Holanda no domingo. Teremos uma seleção campeã pela primeira vez. Ótimo para o futebol. E sinal de novos tempos!

A classificação da Espanha também serviu para jogar para o alto o tabu de que a Copa coroa o "melhor do mês" e não o melhor do mundo. Os espanhóis foram fantásticos nos últimos 4 anos. Encantaram, quase não perderam e conquistaram título importante (Eurocopa). Ao lado da Holanda (que teve 100% de aproveitamento nas Eliminatórias) e do Brasil (que venceu a Copa das Confederações, Copa América e Eliminatórias), foram os que tiveram os melhores resultados desde a Copa passada. E de fato, entre os três, o Brasil era o que menos convencia.

Ontem, contra a Alemanha, a Espanha voltou a provar que não só de gols vive o futebol bonito. Em 6 jogos no Mundial, marcou apenas 7. Venceu por 1 a 0 as três últimas partidas. Mas encanta. Porque sabe jogar quando tem a bola e sabe se defender quando não a tem. É um time que beira a perfeição. Pode perder para a Holanda na final? Claro. Assim é o futebol e é aí que está a graça do jogo. Mas a tendência natural, é que a Fúria faça mais um jogo correto e saia com a taça no domingo.

Ontem, mais uma vez a Espanha foi o time da posse de bola. 58%. Não deixou a Alemanha jogar e conseguiu marcar bem as principais jogadas do adversário. Quase não levou sustos. Busquets foi perfeito, tanto na saída de bola quanto na marcação a Ozil. Trochowski, mais marcador, não conseguiu substituir Muller à altura. E como Schweinsteiger teve que marcar, não teve a liberdade de antes para armar a equipe. Ou seja, a Alemanha ficou amarrada.

Outra vez, faltou ser um pouco mais incisiva. A Espanha poderia ter vencido mais um jogo com uma margem mais confortável se arriscasse um pouco mais com a bola. Mas não parece querer isto. Ela parece curtir cada segundo que tem a bola nos pés.

E assim, encantando e quebrando conceitos, a Espanha chegou à vitória, com gol de cabeça do "patinho feio" Puyol. A Fúria está na final. A campanha já é histórica. Mas o futebol merece mais. Merece ver este time com a taça do Mundo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Opa, tudo bem?

Gostei muito do seu blog e da abordagem feita nele, com textos precisos e muito interessantes.
Gostaria de fazer parceria de links com mue novo blog, sobre táticas?
O link: http://boleiragemtatica.wordpress.com

Lá tem a análise tática dda semifinal de ontem...

Grande Abraço

Rafael Andrade disse...

Muito bem. Aqueles "sabichões" devem estar fazendo mandinga, acendendo vela de sete dias, procurando uma macumbeira, tudo para a Espanha não vencer, eles encherem a boca para chamá-la mais uma vez de "amarelona" e dizerem: "Não avisei, eles amarelam". AFFF...O time espanhol é o melhor do planeta, tem um plantel de causar inveja em qualquer seleção e até mesmo em clubes, é indiscutivel. Essa geração merece esse título, pelo seu brilhantismo e facilidade em jogar futebol. E o futebol merece essa Espanha como campeã.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter