Chivas é o Brasil no Mundial

Já questionei aqui dezenas de vezes a presença dos mexicanos na Copa Libertadores. Não faz sentido convidar equipes para participar de um Campeonato onde elas não podem levar o "prêmio". Por mais que os times do México tenham qualidade e sempre regulem na competição, a presença deles deixa um risco enorme de tirar o brilho de uma possível conquista.

Este ano, o caso é ainda mais grave. Após o surto da gripe suína, ano passado, a Conmebol não soube lidar com a situação. Acabou classificando automaticamente os mexicanos para as oitavas-de-final deste ano, eliminando-os da competição anterior. Tosco!

Ontem, o Chivas, um dos beneficiados, manteve a boa campanha que teve das oitavas até aqui. Bateu a Universidad do Chile em Santiago e garantiu sua vaga na final da Libertadores. De quebra, classificou um dos brasileiros semifinalistas (São Paulo ou Inter) para o Mundial Inter-Clubes no fim do ano em Abu-Dhabi.

Pela segunda vez, um mexicano chega à final. Na primeira, o Cruz Azul acabou perdendo nos penaltis para o Boca, em 2001. Desta vez, o Chivas terá a chance de mostrar que a presença dos mexicanos na Libertadores não faz sentido.

Quanto ao jogo: Universidad do Chile e Chivas fizeram um ótimo jogo, principalmente pelo primeiro tempo. Depois do 1 a 1 na primeira partida, os donos da casa entraram em campo "classificados" e os visitantes precisavam atacar.

Enquanto o meio-campo chileno marcava à distância e Rodríguez deixava uma avenida em suas costas, o Chivas aproveitava. Criou pelo menos três ótimas chances de gol nos primeiros 15 minutos, esbarrando em noite inspirada de Pinto.

Inspirada, mas nem tanto. Na bola mais fácil, aos 22 minutos, ele aceitou o chute de Báez e levou um frango. 1 a 0 Chivas. O resultado acordou os chilenos, que adiantaram a marcação e passaram a pressionar. Montillo, meia centralizado do 4-2-3-1 aparecia pouco. Quando passou a cair pelo lado direito, com Puch, o time cresceu e ele tornou-se protagonista. Os últimos 15 minutos da primeira etapa foram de sufoco dos donos da casa, com direito a duas bolas na trave e duas boas defesas de Míchel.

No segundo tempo, esperava-se que La U mantivesse a postura. Mas se assustou quando o Chivas mostrou que ainda estava disposto a jogar e queria matar logo o jogo. Os chilenos atacavam de forma desordenada e deixavam espaços. E o Chivas aproveitou aos 9, com Magallón, marcando o segundo no rebote de mais uma grande defesa de Pinto.

Com o 2 a 0, o jogo esfriou. A Univesidad do Chile só se classificaria com três gols e a missão tornou-se quase impossível. Por mais que os torcedores ainda fizessem uma linda festa, todos sabiam que a partida estava decisiva. Bautista ainda quase marcou o terceiro. No fim, Olarra quase marcou o de honra, mas aos chilenos restou apenas as lágrimas no fim do jogo.

O Chivas tem um bom time. É forte, bem montado e tem jogadores experientes. Vai dar muito trabalho para qualquer que seja o brasileiro classificado. E chega com chances de ser campeão.

Quanto à Universidad do Chile, o apoio da torcida após o apito final mostra que o gosto de "quero mais" é justo, mas a campanha já foi histórica para o time.

Um comentário:

Jefferson Freire disse...

Vinicius, concordo com vc. Não faz sentido isso. Um time ser campeão e não poder desfrutar do título. Pior, quem desfrutará será o vice... sem sentido.

Só uma coisa boa. O jogo SP x Inter, vai pegar fogo, será o jogo da classificação para o mundial.
SRN

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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