No Brasil é utopia falar em "clube diferenciado". Há diferentes formas de administrar, mas no fundo, são todos iguais. A prova acontece agora, com o São Paulo. É fácil ser diferente com resultados. Quando o time é multi-campeão, tem os melhores jogadores, um treinador cobiçado e rendas astronômicas tudo parece simples e agir de maneira superior parece natural. O difícil, é administrar uma crise.

E é este o momento que o São Paulo passa neste momento. Crise. No sentido amplo da palavra. Os custos do futebol cresceram, o time sente falta do dinheiro que deixou de receber no passado por não vender seus principais jogadores e o principal: os resultados desapareceram.
O principal problema é achar que futebol é uma ciência exata. É impossível ganhar sempre. São muitos fatores em jogo. E o São Paulo simplesmente se desacostumou a perder. Um terceiro lugar no Campeonato Brasileiro não é ruim. Ser eliminado na semifinal da Libertadores também está longe de ser um vexame. Só que no tricolor, pelo passado recente, tudo que não seja o título é descartado como ruim.
É este pensamento que fez o time degolar Ricardo Gomes, que fazia um trabalho decente, sem ter bons nomes no mercado. E pior ainda, a pouca paciência com Sérgio Baresi, profissional de futuro. A diretoria deve voltar a apostar em grife: Paulo Autuori é o favorito. É um bom nome, mas não vem de bons trabalhos no Brasil. Aliás, seu último grande trabalho foi no São Paulo, em 2005. Antônio Lopes é o outro nome forte. Não me pega.
Serenidade para passar por crises é o que faz de alguém diferenciado. E neste momento, o São Paulo vai dando uma demonstração clara de que não passa de um clube brasileiro como a maioria dos outros. Talvez, com um pouco mais de grife e resultados.



Nenhum comentário:
Postar um comentário