Me poupe, presidente

Acordei hoje e como de costume dei uma passada na minha extensa lista de sites e blogs relacionados ao esporte. É uma mania de todos os dias, úteis, final de semana ou feriado. Num dos primeiros sites que abri fiquei estarrecido com a manchete que dava aspas ao presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil: "Não faz mal os jogadores tomarem um cacete na madrugada".

O presidente do Galo, que completou dez rodadas na zona de rebaixamento, se referia ao "Disque Denúncia" organizado pela maior torcida organizada do clube, que pede que torcedores que verem jogadores na "noite" informem para que aja retaliação.

Kalil é um grande torcedor do Atlético-MG. Não sei se é o maior, mas certamente há poucos mais apaixonados pelo clube que ele. Quando age como presidente, tem ações interessantes, como a manutenção de seus principais jogadores, a contratação de um técnico de ponta, o investimento na estrutura do clube, etc. O problema é quando deixa este seu lado torcedor aflorar.

Não é a primeira besteira imensa que Alexandre fala na sua vida como dirigente atleticano. Provavelmente não será a última. Mas esta, talvez, tenha sido a pior de todas elas. Como pode o presidente de uma instituição centenária incitar seus torcedores (fiéis apaixonados) a violentar o patrimônio que ele suou tanto para ajudar a construir? Sim, jogadores são patrimônios em um clube de futebol.

Um jogador espancado por torcedores não vai render mais. Inclusive, pode se machucar e ficar fora do time. Kalil não mediu palavras e abriu um leque incrível de opções para os torcedores. Os jogadores do Galo, tem motivos de sobra para temer agora muito mais do que o rebaixamento no Brasileirão.

Não acho que os jogadores de um time na zona de rebaixamento irão se expor em baladas. Mas pedir que os torcedores informassem ao presidente, para que ele afastasse do elenco, seria bem mais inteligente e sensato. Mas a sensatez, mais uma vez, passou longe de Alexandre Kalil.

Um comentário:

André Augusto disse...

Se o presidente, que deve ser o ponto lúcido de uma equipe em crise, dá uma declaração dessa estirpe, imagina como está o ambiente dentro do clube?

Se não houver uma mudança radical na filosofia do clube em breve, rumará de volta à segundona.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter