Outra goleada, outro ritmo

Dois jogos, duas goleadas. Nove gols marcados, nenhum sofrido. O início da caminhada cruzeirense na Libertadores 2011 não poderia ser melhor. Ontem, a vítima foi o Guarani, do Paraguai: inapeláveis 4 a 0 na Arena do Jacaré.

Apesar do resultado retumbante, o Cruzeiro não foi tão bem e nem o jogo tão fácil quanto o placar teima em demonstrar. Cuca manteve praticamente o mesmo time da goleada sobre o Estudiantes (exceção feita à entrada de Diego Renan na vaga do machucado Gilberto). Mas a estrutura tática e a postura do time mudaram bastante em relação ao confronto com os argentinos.

Contra os paraguaios, Cuca apostou novamente no 4-2-2-2. Wallyson desta vez foi atacante (mesmo que voltasse para ajudar na marcação pelo lado direito). Montillo armava pela direita e Roger pela esquerda, ambos com muita liberdade. A idéia era interessante, já que os paraguaios apesar de um 3-6-1 muito parecido com o do Estudiantes, saíam muito menos para o jogo (Benítez e Escobar eram os únicos com liberdade ofensiva e os alas pouco avançavam).

No entanto, faltou paciência ao Cruzeiro. O time tinha a bola, mas não rodava o jogo para abrir espaços. E acabava muito exposto nos contra-ataques perigosos e bem armados pelo Guarani, principalmente porque os homens de frente não demonstraram a mesma volúpia na marcação da saída de bola da partida da última semana (o que era de se esperar).

Por isto, os sustos do início da partida, em dois chutes de Benítez e em cabeçada de Escobar que acertou a trave de Fábio. O gol do Cruzeiro só saiu aos 30 minutos, com o iluminado Wallyson após escanteio e bola rebatida na área que sobrou para ele.

Veio o segundo tempo, vieram os mesmos problemas. O ritmo do jogo caiu com a chuva forte que caiu em Sete Lagoas e favoreceu os donos da casa que ficaram ainda mais com a bola. Ainda com pouca paciência, o segundo gol saiu novamente com Wallyson, em outra jogada de escanteio.

Cuca mexeu bem no time, voltando ao 4-2-3-1 após a entrada de Farías (com movimentação e participação muito superiores à Wellington Paulista). Thiago Ribeiro, outro "reserva", ocupava o lado esquerdo, Montillo o centro e Wallyson (depois Dudu) o lado direito. Graças ao grito de "olé" vindo das arquibancadas, o time passou a tocar a bola com inteligência e colocou o adversário na roda, como deveria ter feito desde o início da partida. Assim, saíram os dois gols trabalhados do Cruzeiro no confronto: primeiro com Farías, depois com Thiago Ribeiro em bom chute de fora da área.

Vale a goleada que dá a liderança e mostra a força do Cruzeiro em um grupo difícil. O desempenho não foi o mesmo da partida quase impecável diante do Estudiantes, mas nem sempre será possível jogar no limite. Fica a boa impressão pela forma como os resultados aparecem. E principalmente, pelas alternativas que aos poucos, Cuca começa a demonstrar com o ótimo elenco que tem em mãos.

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Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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