Nenhuma fórmula é para sempre

Novamente o Grêmio mostrou-se preso e repleto de dificuldades na Libertadores. Por isto, não conseguiu mais do que um empate contra o modesto León de Huánuco, fora de casa, por 1 a 1. Ainda favoritíssimo à classificação, os gaúchos provavelmente terão que se contentar com o segundo lugar da chave e podem acabar encarando um adversário forte já na próxima fase da Libertadores.

Com desfalques importantes, Renato Gaúcho foi obrigado a mexer no time. Mudou as peças, mas não o estilo. O 4-3-1-2 com meio-campo em losango foi mantido pelo menos nos primeiros 30 minutos de jogo. Fernando ganhou a vaga de Adilson, sem a mesma desenvoltura para auxiliar nas subidas de Gabriel pelo lado direito. No ataque, Carlos Alberto caía pelos lados fazendo companhia à Borges.

O panorama do jogo era de um León que tentava pressionar mas não conseguia levar perigo ao gol de Victor. E de um Grêmio que queria controlar o jogo mas não conseguia prender a bola no campo de ataque.

Aos poucos, assim como na primeira partida no Olímpico, os peruanos perceberam o "mapa da mina" da defesa gremista. Sempre com o bom Orejuela, o time atacava pelo lado direito, onde Gilson tinha enormes dificuldades na marcação.

Ainda na etapa inicial, Renato Gaúcho resolveu mexer no time. Colocou Júnior Viçosa na vaga de Fernando, passando a equipe para o 4-2-2-2. Assim, o técnico atenuou o problema de marcação do lado esquerdo, diminuindo o apoio de Lúcio a Gilson. Seguiu sem conseguir ter a bola no ataque e acabou pressionado até o fim do primeiro tempo, quando Carlos Elias abriu o placar de cabeça.

O segundo tempo seguiu com poucas emoções, exceto pelo gol de Carlos Alberto aos 9 minutos, com direito a comemoração estilo Kidiaba, em clara resposta à provocação de Leandro Damião uma semana antes. Faltava ao Grêmio posse de bola ofensiva e velocidade nos contra-ataques e aos peruanos qualidade para ameaçar o gol de Victor. No fim, o empate foi o resultado justo para um jogo de pouquíssimas emoções.

O Grêmio vai se classificar. Mas precisa trabalhar e achar alternativas. O 4-3-1-2 em losango serviu na arrancada do ano passado no Brasileirão. Agora, porém, o time é outro. Voltar com Lúcio para dar segurança na lateral, fortalecer a pegada no meio e acertar o ataque, podem dar ao time condições de brigar forte na competição. Com o que tem mostrado até agora, é pouco provável que Renato Gaúcho e sua turma cheguem longe.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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