Semana perdida

Na semana passada, defendi a demissão do técnico Dorival Júnior. O Atlético optou por dar sequência ao trabalho. E ontem, foi goleado e humilhado pela terceira rodada seguida no Campeonato Brasileiro: 3 a 0 para o Ceará.

Estamos em julho. Meio ano já se foi. Para a partida desta quarta-feira, Dorival Júnior fez 6 mudanças no time titular do Atlético. Algumas por suspensão, outras por lesão e outras por opção. Independente dos motivos, os números assustam. A temporada está a todo vapor e o Galo está longe de ter um time.

Mudam as peças, muda o esquema. A intenção de Dorival era acelerar a saída e qualificar o passe num 4-3-2-1 que isolava Guilherme à frente. Qualquer estratégia foi por água abaixo aos 2 minutos, quando Giovanni falhou no chute de Thiago Humberto e o Ceará saiu na frente com Marcelo Nicácio.

O Galo sentiu o golpe. Não conseguia sair para o jogo. Guilherme ficava longe da área e o time não ameaçava. Com todas as suas limitações, o Ceará controlava o jogo e ameaçava mais.

Como se não bastasse, Dorival perdeu Guilherme e Leandro, machucados. Trocou Richarlyson por opção. Perdendo por 1 a 0, o time precisava agredir. Em campo, quatro jogadores que começaram como meias: Wesley, Caio, Renan Oliveira e Bernard. Quantidade que não é sinônimo de organização, nem de qualidade. O time trocava passes, mas não saía do lugar.

O Ceará poderia matar o jogo, mas preferiu se fechar e garantir o placar mínimo. Só partiu para definir o jogo quando Dorival Júnior deu mais uma demonstração do quão está perdido no momento: pediu que Renan Oliveira fosse para a lateral direita, trocando de posição com Bernard (que não é lateral, mas já foi escalado no setor e treina quase diariamente como lateral).

O caminho ficou tão claro que não havia como trilhar. E pelo lado direito, nas costas de Renan Oliveira, o Ceará marcou os dois gols que decretaram a goleada. Inapeláveis 3 a 0. Em três jogos, o Galo sofreu 11 gols. Mais do que 11 dos 20 times sofreram até aqui em toda a competição.

Repito: Dorival não deixou de ser um bom treinador. Provavelmente, num próximo trabalho, obterá êxito e conseguirá formar outros times vencedores. Mas no Atlético-MG, o trabalho não fluiu como o esperado e ele não encontra mais saídas. O elenco não responde e ele mesmo dá claras demonstrações de não saber o que fazer.

Para o Galo, cada semana a mais com Dorival, é uma semana a menos na temporada. E o Brasileirão caminha para a 9ª rodada.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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