Interessante e pouco competitivo

Bahia e Santos fizeram um jogo agradável em Pituaçu. São dois times leves, com bons nomes na frente (embora Jóbson tenha feito muita falta aos donos da casa) e que jogam aberto expondo ainda mais suas defesas que não são tão boas assim. O 2 a 1 na Bahia, poderia tranquilamente ter sido substituído por um 4 a 3, por exemplo, não fosse a falta de capricho dos homens de frente e as ótimas atuações dos dois goleiros (ou três, já que Vladimir entrou no Santos no lugar de Rafael, que fez espetacular primeiro tempo mas saiu machucado).

O Santos começou bem na partida. Com Neymar se movimentando, e Ganso aparecendo bem. O penalti bem marcado logo no início e o primeiro gol facilitou para que o jogo do time fluísse. Quando Neymar perdeu a chance de marcar o segundo e dar praticamente o tiro de misericórdia no aniversário, mesmo que ainda no início do jogo, com Marcelo Lomba batido, o Bahia cresceu. Se organizou e passou a usar sua velocidade para expor a lentidão da defesa santista, que sofria com a pouca combatividade de seu meio-campo (com Elano muito adiantado para conter Ávine e com Arouca precisando sair para organizar as ações ofensivas). Depois de algumas ótimas defesas de Rafael, Júnior empatou o jogo.

No segundo tempo, o ritmo do Santos caiu. Neymar, bem marcado, não conseguia ameaçar. Borges desapareceu, encaixotado entre os zagueiros. E o Bahia se soltou em busca do gol. Que poderia ter saído se o árbitro tivesse marcado o penalti de Adriano em Ávine, claríssimo e ignorado. Já nos minutos finais, o injusto castigo: Alan Kardec acertou chute quase impossível, na gaveta, e deu a vitória que o Santos precisava.

O Bahia tem uma equipe interessante. Com bons nomes, e bem armadas. Poderia viver um Brasileirão mais tranquilo, se não errasse tanto e perdesse pontos importantes que estavam nas mãos.

Já o Santos, consegue finalmente sair da zona de rebaixamento. Pode aproveitar os dois jogos a menos para subir de vez e se afastar do risco. Ainda é um time interessante de ver jogar. Mas falta combatividade para poder competir de verdade no Brasileirão. Mais do que uma posição digna para o ótimo que tem, e o respeito que a torcida e a camisa merecem, é hora do Santos começar a pensar de verdade no Mundial.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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