Sem o "algo a mais". Sem novidades.

Botafogo e Cruzeiro fizeram um jogo de pouca inspiração no Engenhão. Comprovado pelo resultado, óbvio: vitória pelo placar mínimo de quem jogava em casa e briga pelo título, contra um time ainda desorganizado que agoniza na parte baixa da tabela.

O Botafogo manteve o seu 4-2-3-1 que vem desde o início do Campeonato. Demorou para encaixar seu jogo. Brilhou apenas nos 25 minutos finais do primeiro tempo quando adiantou a marcação dificultando a saída de bola do Cruzeiro, pressionou jogando pelos lados do campo e perdeu pelo menos três boas chances de gol.

O Cruzeiro melhorou depois da vitória contra o Atlético-GO. Tentou, durante os 90 minutos, jogar de igual para igual contra um time que está muito acima na tabela. Mas mostrou mais uma vez a falta de poder de decisão ofensiva, incapaz de incomodar Jéfferson que acabou trabalhando muito pouco na partida.

O único gol do jogo saiu em jogada óbvia, mas difícil de ser marcada. Elkeson e Cortês fazem dupla forte pelo lado esquerdo, e Loco Abreu se posiciona muito bem dentro da área. Tabela, cruzamento e cabeçada que morreu nas redes de Fábio. Se houvessem mais gols no Engenhão, provavelmente seriam do Botafogo. Além das já citadas chances no primeiro tempo, perdeu outras boas oportunidades após o gol, quando os mineiros foram obrigados a escancarar a defesa.

Vágner Mancini não pode ser culpado por "falta de ousadia". Tem tentado colocar o time para jogar de maneira ofensiva, mesmo na fase ruim. Mas erra em algumas escolhas (a maioria repetida aqui a cada post há meses) óbvias. Critica a falta de "pegada" do meio-campo mas escala Roger para auxiliar a marcação. Resultado: o meia erra na defesa e quase nada produz onde sabe. Além disso, sempre após tomar um gol e sair atrás, ele substitue peças defensivas por atacantes, deixando o time "ofensivo" mas desarticulado e pouco perigoso. Exposto em excesso.

O Botafogo não jogou bem. Somou pontos mas mostrou que o momento não é o melhor. Tem condições de brigar pelo título, mas vai precisar do tal "algo mais" na reta final.

O mesmo serve para o Cruzeiro. Que evolui como equipe (a passos lentos), mostra um pouco mais de confiança, mas segue sofrendo com a falta de força no meio-campo e de poder de fogo no ataque. Precisa encontrar antes que seja tarde demais.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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