A primeira impressão durou 40 minutos

A última impressão deixada pelo time do Atlético-MG em 2011 foi a pior possível. A goleada por 6 a 1 para o Cruzeiro salvou o rival do rebaixamento e ainda causa reflexos, principalmente para a torcida. Que protestou com justiça antes, durante e depois da partida escolhendo como principais alvos o goleiro Renan Ribeiro, o zagueiro Réver e o lateral esquerdo Richarlyson.

Apagar da memória do atleticano as dores do último dezembro será impossível para o elenco. Mas começar deixando a melhor impressão possível era fundamental para aliviar um pouco a tensão. No 4-2-3-1 de Cuca que teve Guilherme na vaga de Danilinho por precaução, o Galo deixou uma boa mostra do que vem pela frente.

Os primeiros 40 minutos contra um Boa fechado e com pouca qualidade para sair para o ataque foram de bom futebol. Movimentação intensa dos três meias, com Bernard variando pelos dois lados e Guilherme e Escudero aparecendo ora pela esquerda, ora pelo centro. O apoio vinha ainda pela direita com Carlos César, cheio de liberdade, suportado pelo estreante Leandro Donizete. Foi dele a jogada e o cruzamento perfeito para André abrir o placar. Pouco depois, Escudero fez boa jogada e Bernard teve a tranquilidade que faltou na temporada passada para balançar as redes pela primeira vez como profissional.

O 2 a 0 liquidou a fatura ainda no primeiro tempo. O Boa deixou claro desde o início que não ameaçaria a vitória atleticana. Com Radamés, volante limitado que surgiu no Fluminense, como principal alternativa de armação, o time sofreu. Criou algumas chances pouco claras e não exigiu nenhuma defesa de Renan Ribeiro. E como a temporada ainda está no início, o Galo pisou no freio mesmo que as substituições de Cuca visassem dar velocidade ao time.

Nos estaduais, é preciso cuidado com os parâmetros. O Atlético que fez bons 40 minutos mostrou que tem tudo para ser um time de velocidade e movimentação intensa na frente. Mas que pode sofrer quando precisar reduzir o ritmo e achar espaços contra adversários bem fechados. E o Boa, que vai precisar melhorar muito para disputar a Série B sem dar vexame, pode surpreender contra os pequenos e brigar pela quarta vaga nas semifinais. Todo cuidado nas afirmações é pouco. Ainda mais sendo ainda a primeira rodada.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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