Um dia para esquecer (e aprender)

Nos últimos anos, os dias ruins tem se tornado cada vez mais presentes na vida do Palmeiras. Turbulências, notícias complicadas, confusão, clima pesado. Hoje, não dava para imaginar um dia pior. O pior da vida recente do Palmeiras, daqueles que deixam milhares de lições.

Tudo começou mal. Protestos da torcida antes mesmo da reapresentação do grupo. O clima tenso só serve para pressionar ainda mais diretoria e jogadores. A nota mais triste, porém, e que mais chamou a atenção foi uma faixa que dizia "a homofobia veste verde". Tudo por conta da especulação de uma possível contratação de Richarlyson, do Atlético-MG, pelo clube. Tosco, desproporcional, descabido. Felizmente, tenho certeza que apenas uma parte (pequena) da torcida do Palmeiras pensa assim. O problema é que esta pequena parte não se cansa de fazer mal ao clube e parece não perceber.

Como para o alviverde recentemente nada é tão ruim que não possa piorar, a notícia que estragaria de vez a reapresentação do grupo ainda estava por vir. O goleiro Marcos, maior ídolo do clube nos últimos 20 anos, anunciou (através da diretoria) a sua aposentadoria.

Marcos foi um grande goleiro. Fundamental na Libertadores em 1999. Grande nome na conquista do Mundial em 2002 pela seleção brasileira. Ficou marcado pelos penaltis, mas sempre foi um goleiro completo. Já em fase final de carreira, prejudicou o Palmeiras quando quis jogar abaixo de suas condições ideais. Mas nada disso apaga a brilhante história que construiu, no clube e no país.

Marcos é uma grande pessoa. Autêntico, conhece os problemas do Palmeiras como poucos. E toma as dores. É verdadeiro, capaz de chorar e fazer chorar. Age como torcedores gostariam de agir nos momentos bons e ruins. É verdade que também prejudicou o Palmeiras quando falou além da conta e não contribuiu para apagar incêndios. Mas ele é assim.

Marcos merece o descanso. E merece ficar para sempre no hall de jogadores históricos do clube e do futebol brasileiro.

Jogadores como Marcos, são daqueles que fazem falta. Muita falta. A todos, mas principalmente ao Palmeiras. A torcida que veste a camisa da homofobia, vai demorar muito para vestir a camisa de um ídolo como Marcos se não mudar a postura. É preciso aprender.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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