De mal a pior

O Cruzeiro foi o último time da Série A a começar 2012. Foi o que teve mais tempo para se preparar e para montar a equipe. Em vão. Logo no primeiro jogo, restou à torcida apenas a decepção de uma derrota em casa para o aguerrido Guarani de Divinópolis. 1 a 0 justo e que voltou a deixar claro todos os erros celestes tanto na montagem do elenco quanto na preparação do time.

Taticamente, o time do Cruzeiro é o time mais fácil de definir. A falta de mobilidade é assustadora. O 4-3-1-2 teve Leandro Guerreiro plantado à frente da zaga e recuando pela direita para formar um 3-4-1-2 quando o time tinha a bola. Nenhuma surpresa, nada de diferente. E o time que já sofria para trabalhar a bola em 2011 se viu em dificuldades ainda maiores quando percebeu que Amaral e Marcelo Oliveira teriam que fazer o que Fabrício, Charles e Marquinhos Paraná faziam de melhor: jogar.

Sem conseguir chegar ao ataque o Cruzeiro viu um adversário ousado. Que marcou no campo de ataque, que tocou a bola com inteligência e que soube imprimir velocidade nos momentos certos. Contando com o passe preciso de Léo Medeiros e com a intensa movimentação de Walter Minhoca e Magalhães. O último, foi quem fez o gol que abriu o marcador e definiu o placar.

Que em nenhum momento deixou a impressão que seria alterado. No segundo tempo, Mancini optou por voltar com Walyson na vaga de Amaral. O Cruzeiro tinha três atacantes e seguia sem meio-campo e sem capacidade para trabalhar a bola. Resultado: Thiago Régis não fez uma defesa sequer na segunda etapa. E o time do interior esteve mais perto de balançar as redes em contra-ataques bem armados que não se traduziram em gols pois faltava perna na hora de definir.

O Cruzeiro perdeu a chance de apostar na base e reformular o grupo com inteligência. Sofre dos mesmos defeitos da última temporada mas tem um time tecnicamente pior, principalmente no meio-campo (setor onde o time funcionava melhor, pelo entrosamento e qualidade). Ainda é só o início do ano e é tempo para rever critérios de avaliação e montagem da equipe. Mas o risco de ter que reformular o time reformulado com o navio em andamento me parece mais provável do que Mancini conseguir fazer este elenco funcionar.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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