Mineiros no (início do) caminho

O duelo entre América e Cruzeiro valia mais do que a pouco importante vice-liderança de um Campeonato Mineiro de poucas emoções até aqui. Para o Coelho, a oportunidade de experimentar mais uma vez sua equipe contra um adversário forte e de mostrar que os garotos estão preparados para os desafios. Para a Raposa, o primeiro teste de verdade em 2012.

Novamente no 4-3-3, o Cruzeiro transformou o jogo na Arena do Jacaré em um duelo franco e interessante, mas sem meio-campo.

Para marcar o time celeste, o América prendia seus dois laterais, tinha os dois volantes pensando apenas na marcação e sem o passe qualificado de Rodriguinho abusava da bola longa para que Luciano pudesse conduzir mais perto do gol. Não trabalhava a bola e tentava aproveitar o fraco poder de marcação azul na entrada da área para surpreender.

O Cruzeiro também não mostrava poder para controlar o jogo. Abusava da bola longa quase sempre buscando a velocidade de Walyson. É um time ofensivo sem a bola mas passivo sem ela. Dá espaço, assiste demais e corre riscos. Tanto é que o América abriu o placar com Alessandro em falta feita na entrada da área depois de Luciano carregar a bola sem ser perseguido. E só não viu a partida ser praticamente definida pouco depois porque o mesmo Luciano abusou do preciosismo e desperdiçou contra-ataque imperdível.

Se ainda é pouco competitivo defensivamente, o Cruzeiro impressiona pelo poder de fogo. Montillo chama a responsabilidade, aparece para o jogo e prende a marcação. Walyson aos poucos vai recuperando a forma física. Anselmo Ramón tem todas as características de um ótimo centro-avante e muito potencial para crescer. Wálter começa a entrar no ritmo e mostrar a que veio. E ainda há Élber, para o qual finalmente Mancini parece abrir os olhos. Abaixo de todos eles, só Wellington Paulista que mais uma vez pouco produziu e muito reclamou. Não fez gol mas levou o tradicional cartão amarelo.

A virada do Cruzeiro em um jogo ofensivo, aberto e pouco trabalhado se deu justamente pelo poder de fogo. O time inofensivo de 2011 mudou de cara e neste aspecto, Vágner Mancini tem parte dos méritos. Aos poucos, o treinador parece perto de encontrar um time ideal. Com Charles, Élber e Wálter pedindo passagem. Falta fazer este time ideal jogar de maneira ideal, com mais intensidade e controle sobre o jogo e a bola já que há qualidade técnica para tal.

Quanto ao América, é importante manter o projeto. Um time em formação com jogadores importantes vindos da base dificultou as vitórias dos rivais mais fortes na competição. O Coelho poderia ter vencido o Atlético e o Cruzeiro, mas perdeu nos detalhes. Detalhes que passam pelo necessário amadurecimento de jogadores que podem tornar-se fundamentais como Bryan, Kaio, Kaká e companhia.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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