Sem respaldo, sem resultado, com saída

O Cruzeiro 2012 é um retrato de seus próprios erros: do passado, do presente e do futuro. E não é por falta de aviso. Não foi só neste espaço que se debateu amplamente desde o início do ano que repetir os erros do ano anterior seria o caminho para novo sufoco.

Vágner Mancini chegou ao Cruzeiro como um tiro no escuro. Parecia fadado à demissão quando "achou" uma goleada enganosa sobre o maior rival na última rodada do Campeonato Brasileiro. Salvação e permanência no clube, mesmo que ainda com pouca confiança por parte da torcida e da diretoria. O Cruzeiro perdeu a chance de passar uma borracha em 2011 e se projetar para novos desafios. Perdeu a chance e perdeu tempo.

Cinco meses depois, o Cruzeiro involuiu. Perdeu peças importantes e taticamente ainda é um arremedo. Eliminado do Campeonato Mineiro, joga todas as suas fichas na Copa do Brasil. Mas não consegue fazer com que torcedor algum deposite alguma confiança em tempos melhores.

Contra o Atlético-PR, mais uma partida ruim. Dos dois times. Enquanto os mineiros entraram em campo desorganizados, mal escalados e desligados, os paranaenses desperdiçaram a chance de golear. Perderam chances claras nos dois tempos (principalmente com Patrick), não conseguiram encaixar os contra-ataques e deram espaços para um time que parecia morto parecer perto de reagir. De fato, embora tenha escapado de uma derrota pesada, o Cruzeiro poderia ter empatado o jogo com um pouco mais de capricho.

Sem respaldo, Mancini preferiu jogar a responsabilidade no elenco antes do jogo. Quando diz que o Cruzeiro tem um time limitado, o treinador provavelmente acerta pela primeira vez no diagnóstico do que tem à disposição. Mas fala exatamente a única coisa que não poderia dizer.

Não dá para esperar que os limitados corram por um treinador que não acredita neles. Mas dá para acreditar que o time do Cruzeiro vença o ainda mais limitado Atlético-PR como deveria ter feito com o América. Mas para isso, precisa de alguém em quem acredite de verdade. E que acredite no time.

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Um comentário:

windowsdownloadtricks disse...
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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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