Pressão e história em abertura fraca

A impressionante participação da torcida e os incríveis 20 minutos iniciais deixaram a impressão de que a Polônia poderia aproveitar o fator casa para chegar longe na Euro. Ilusão. Apagada por uma Grécia peleadora como sempre, que lutou até o fim e por pouco não estragou por completo a festa dos donos da casa na abertura da Euro 2012.

Aproveitando-se do aproveitamento do trio do Borussia Dortmund que sobrava diante do frágil lado esquerdo grego, o início da partida foi eletrizante. O ótimo lateral Piszczek e o meia Kuba criavam boas jogadas a todo instante, quase sempre procurando o artilheiro Lewandowski. Chalkias, que já havia feito pelo menos duas boas intervenções, viu o camisa 9 abrir o placar em cabeçada com o gol vazio aos 18 minutos. Pinta de goleada.

Aos poucos, enquanto os gregos organizavam a marcação e avançavam as linhas, os poloneses diminuíam o ímpeto. Não se empolgaram sequer com a injusta expulsão de Sokratis, ainda no primeiro tempo, após dois cartões amarelos exagerados.

Com 10 jogadores, a Grécia apostou na estrela de Salpingidis. Autor de gols fundamentais na história do futebol do país, ele entrou no intervalo e em seu primeiro toque aproveitou falha de Szczesny e do sistema defensivo polonês para empatar o jogo. Enquanto a Polônia não mostrava poder de reação, a Grécia seguia cada vez mais organizada e criava as melhores chances mesmo em desvantagem numérica. E poderia ter matado o jogo aos 24 do segundo tempo quando após boa trama que acabou com Salpingidis derrubado pelo goleiro do Arsenal na área. Penalti e cartão vermelho.

Mas o futebol sempre reserva aquelas histórias sensacionais. E Tyton, que seria o terceiro goleiro não fosse a lesão de Fabianski, entrou para defender a penalidade cobrada pelo capitão Karagounis. Último lance de emoção de uma partida interessante mas fraca tecnicamente.

Apesar do fator casa, a Polônia depende muito do trio do Borussia. Pode surpreender e chegar no embalo da torcida. Mas a Grécia me parece mais cascuda e organizada para brigar pela classificação em um grupo tão equilibrado, onde só a Rússia deve sobrar.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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