Brasil mostra potencial e aprende lições

A pressão pela conquista do ouro ganhou tons de apreensão antes da estreia nos Jogos Olímpicos. "Culpa" da derrota da favorita Espanha, do tropeço do bom time do México e da dificuldade do Uruguai que venceu de virada. Contra o tecnicamente bom time do Egito, semifinalista do último Mundial Sub-20, o Brasil deu pinta de que ia golear. Mas o time desconcentrado no segundo tempo mostrou que em torneio curto pode ser fatal e deixou lições importantes.

Nos primeiros 45 minutos, o time de Mano Menezes foi praticamente impecável ofensivamente. No 4-2-3-1, Oscar ocupava o lado direito, Hulk o esquerdo e Neymar armava por dentro para participar mais do jogo. Mas a movimentação e o jogo vertical confundiram a defesa do Egito, que tentou jogar de igual para igual e deixou espaços convidativos.

Oscar apareceu por dentro e abriu o corredor para Rafael abrir o placar. Depois, de novo por dentro, Oscar recebeu lançamento longo e aproveitou o vacilo do goleiro para tocar para Leandro Damião fazer o segundo. E quando Neymar carregou a bola por dentro, a movimentação de Leandro Damião puxou a marcação para permitir a troca de passes com Hulk que terminou com gol de cabeça do atacante santista. Goleada por 3 a 0 e "dever cumprido".

No segundo tempo, o time do Brasil pisou no freio. Neymar ficou mais preso ao lado esquerdo, aparecendo menos. Oscar também se moveu menos. E o Egito aproveitou para ameaçar, principalmente após a entrada de Salah. Com a insegurança de Juan e Neto, o time de Mano Menezes viveu momentos difíceis. Sofreu dois gols, embora em nenhum momento deixou parecer que sofreria o empate.

Com uma defesa com tantos problemas, o Brasil não pode vacilar. O passado prova que a concentração precisa estar no limite para não fazer feio nos Jogos Olímpicos. Mesmo quando foi quase perfeito no primeiro tempo, o time pareceu não jogar o seu máximo. Se atingir o ápice no momento certo, é impossível não imaginar que a seleção brigará pela medalha inédita em Londres.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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