Lagrimas, vitória e decepção

Foi sofrida e suada a estréia da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010. Antes do jogo, perguntado por um amigo sobre meu palpite para o jogo, cravei 2 ou 3 a 0. Não imaginava uma goleada histórica, como muitos apostavam. Por vários motivos.

O primeiro deles, é a falta de gols até aqui no Mundial. De fato, as equipes começaram a competição mais preocupadas em neutralizar o adversário do que explorar seus defeitos. O que de fato, torna o jogo chato para alguns, não deve ser visto desta forma. Afinal, duelos táticos fazem parte da beleza do futebol.

O segundo deles, é a tradicional obediência tática dos asiáticos. Assim como o Japão (que está no Quadro Negro do Marcação), a Coréia do Sul foi precisa taticamente. Com 5 homens na defesa, bloqueou a chegada do Brasil. Com três volantes, bloqueou a entrada da área. E deixou apenas Tae Se, o Rooney Asiático, à frente. Aliás, este foi o primeiro grande personagem do jogo a ir às lágrimas durante a execução do hino coreano. Cena emocionante!

O jogo foi complicado. No primeiro tempo, o Brasil se movimentou pouco. Os jogadores ficaram muito presos às suas posições, facilitando o serviço de uma defesa cheia de adversários. Robinho estava muito preso ao lado esquerdo. Elano era um ponta pela direita mas não abria espaços para Maicon. Felipe Melo tentava sair para o jogo, mas errava bastante. E Kaká foi segura nula.

As coisas melhoraram no segundo tempo, quando Robinho passou a flutuar mais pela faixa central. Assim como Elano, que abriu mais espaços para as descidas de Maicon. Numa delas, o lateral direito fez o primeiro gol brasileiro da Copa. E foi o segundo jogador a chorar em campo no jogo.

Com as alterações, Dunga melhorou o Brasil. Como a Coréia atacava com pouca gente, era possível atacar mais. Nilmar entrou na vaga de Kaká, deixando Robinho responsável pela armação. Ramires voltou a ganhar a posição de Felipe Melo, mais uma vez dando mais dinâmica ao meio-campo. E Daniel Alves, como de costume, foi para o jogo no lugar de Elano. Antes de sair, porém, o meia marcou o segundo gol do Brasil, após passe magistral de Robinho.

O gol coreano, no fim do jogo, não é ao meu ver, motivo de preocupação. Foi uma grande cochilada da defesa brasileira, é verdade. Normal em um jogo contra um adversário inferior, com o placar já definido. Os problemas que o Brasil precisa resolver são outros.

É a falta de criatividade do time para criar quando joga contra adversários fechados. Por isso, a equipe de Dunga tem facilidade contra grandes seleções, que jogam de igual para igual. É a pouca mobilidade e saída rápida com os volantes, que tornam o jogo previsível. É a falta de jogadores para atuar pela faixa esquerda do campo. Como Robinho não volta para marcar, Michel Bastos fica sozinho na defesa. Como Robinho muitas vezes centraliza o jogo, Michel Bastos fica sozinho no ataque.

Apesar do resultado ruim e da atuação decepcionante é preciso reconhecer duas coisas: a primeira, que a Coreia teve virtudes no jogo em que se propôs. E a segunda, que o Brasil segue como favorito. O time de Dunga, baseado em resultados, já se mostrou pronto para grandes desafios. Os dois próximos jogos, serão a oportunidade que o time precisa para se mostrar forte.

Um comentário:

André Augusto disse...

Vlaue mais pelo resultado,pq o futebol foi medíocre. Sem Kaká, o Brasil perde muito. Ainda mais com Luís Fabiano em má fase. E o Brasil pega pedreira nas oitavas.

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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