Por Rafael Fajardo
O que se viu na Cidade do Cabo foi um jogo que nem de longe parecia uma partida de Copa do Mundo. Com três títulos mundiais em campo era de se esperar uma partida no mínimo agitada. Ao contrário disso, tivemos duas equipes completamente apagadas.

Inicialmente cotada por muitos como favorita, a Celeste Uruguaia começou com muitos erros de passe no meio de campo e com o atacante Forlán isolado no ataque. A França, que garantiu sua classificação no fim do segundo tempo contra a Irlanda usando "La main de Dieu" de Henry, tinha maior posse de bola mas parecia não ter vontade de vencer a partida, de ir pra cima dos uruguaios e fazer o gol.
Depois de um primeiro tempo morno, a expectativa era que as duas seleções voltassem a campo com uma postura diferente na etapa final. Porém, nada mudou. A marcação uruguaia era forte, as duas equipes continuavam errando passes demais e poucos chutes acertavam o gol. Responsável pela classificação da França, Henry, entrou em campo aos 26 minutos mas não conseguiu mudar o panorama do jogo. Entra então o botafoguense El Loco Abreu para tentar algo diferente, mas os planos da Celeste foram por água abaixo pouco depois. Lodeiro, que entrara há pouco, foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo.
No entanto, o lance que mais chamou a atenção de todos, aconteceu faltando 5 minutos para o fim da partida. Cruzamento da direita na área do Uruguai, Henry domina a bola e chuta de canhota. A bola resvala no braço do zagueiro Victorino. Henry esboça uma reclamação mas se lembra de como a seleção dele se classificou e logo volta ao jogo.
Ao final da partida, duas seleções felizes com o resultado, reação muito diferente do jogo de abertura, que teve jogadores sul-africanos emocionados com o empate diante do México. Outro ponto importante a se destacar até aqui é a arbitragem, que foi perfeita nos dois jogos.
Enfim, o jogo não foi bom, duas equipes perdidas em campo sem saber o que fazer. Os amantes do futebol arte esperam que as coisas melhorem na África do Sul.
Um comentário:
O Uruguai é o museu do futebol, e a França uma babel.
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