Campeão absoluto do semestre

Depois da regra da qualificação dos gols marcados fora de casa, ser o mandante da primeira partida em duelos mata-mata tornou-se um bom negócio. Tanto é que 2000 para cá, apenas três vezes o campeão da Copa do Brasil foi o time que decidiu em casa (o Cruzeiro em 2000 e 2003 e o Sport em 2008 - nesta decisão, o gol marcado fora de casa no primeiro jogo decidiu). Em todas as decisões que o mandante do primeiro jogo não sofreu gols, ele acabou com o título (exceto o São Paulo em 2000, que empatou por 0 a 0 com o Cruzeiro na partida inicial).

Por todos estes fatores, o Santos chegou à Bahia muito perto do título. Mesmo que os resultados do Vitória fossem incríveis no Barradão (como eram), era sabido por todos que a missão de reverter a derrota por 2 a 0 na Vila Belmiro era ingrata. Por um motivo em especial: um gol do Santos, praticamente definia o confronto, e o Santos marcou gol em todas as partidas da Copa do Brasil.

Apesar disso, sobrou luta no time baiano. Desde o primeiro minuto, tentou sufocar o adversário. E o fez muito bem nos primeiros 20 minutos. Marcava no campo de ataque, jogava com muita gente perto do gol adversário e não deixava o Santos jogar. Teve pelo menos três boas chances, a maioria delas com Júnior (que voltou a jogar bem).

Aos poucos, porém, a marcação relaxou, como era de se esperar. O Santos passou a encontrar espaços e gostar do jogo. O Vitória apostou tudo em marcar um gol logo no início, e como ele não saiu, não teve pernas para sustentar a pressão.

O gol de Edu Dracena, no finalzinho do primeiro tempo, foi a ducha de água fria que faltava. Com apenas 45 minutos e precisando de quatro gols, o título virou missão impossível para o Vitória. Que honrou a camisa e principalmente, os torcedores que lotaram o estádio e fizeram uma festa sensacional. Lutaram até o apito final, e deram pelo menos uma vitória de consolo para a torcida.

Apesar de ficar marcado como "vice de tudo", pelos vices das séries A, B e C além da Copa do Brasil, o Vitória só tem motivos para se orgulhar. Foi valente, fez uma campanha sensacional e esbarrou em um adversário que era mesmo mais forte na decisão. Tem uma base interessante e um técnico promissor. Só precisa de cabeça no lugar para seguir com o trabalho.

Já o Santos, coroa o semestre com um título justo. Se foi o campeão que mais perdeu na história da Copa do Brasil, foi também o que mais marcou gols. Jogou um futebol ofensivo e empolgante (que você pode ver no Quadro Negro do Marcação). Pode - e deve - sonhar com mais. O Brasileirão está aí, e a Tríplice Coroa é algo tangível para uma equipe que ainda tem muita lenha para queimar.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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