A estreia do Santos na Libertadores contra um limitado Deportivo Táchira deixou a impressão de que o time poderia ter saído de campo com mais do que um ponto após o 0 a 0 chato, principalmente na etapa final.
Ainda sem jogadores que vão ser fundamentais ao longo da temporada dentro do esquema de Adilson e com Neymar cansado após longa maratona pelo Sul-Americano sub-20, o Santos fez uma partida correta taticamente mas com pouco brilho ofensivo.
Adilson armou a equipe numa variação entre o 4-3-1-2 e o 4-2-2-2, que lembrava muito o Cruzeiro, vice-campeão da Libertadores de 2009, comandado pelo técnico. O time e suas variações dependiam da movimentação de Danilo, que fazia papel semelhante ao de Ramires (com liberdade para atacar pelo lado direito, como meia, quando o time tinha a bola; mas com a obrigação de fechar a defesa, como um volante, sem ela).
Não funcionou por alguns motivos claros e simples: faltou que os laterais participassem mais do jogo e fossem à linha de fundo. Faltou inspiração a Elano, craque, mas que rende pouco como meia cerebral, função que caberá à Ganso (com Elano provavelmente fazendo a função que coube a Danilo). Faltou gás a Neymar. E faltou movimentação a Diogo, que precisava abrir espaço para a chegada de outros jogadores na área adversária.
Com o Santos pouco inspirado e ainda precisando de alguns ajustes e o Táchira sem qualidade para fazer a bola chegar ao ataque exceto em ligações diretas pouco efetivas, o jogo ficou morno e chato. No segundo tempo, com o cansaço e as substituições, o jogo ficou ainda pior. E o empate sem gols acabou sendo um resultado justo pelo que as equipes (não) fizeram em campo.
O resultado, em si, não é ruim. O Santos segue favoritíssimo no grupo e o ponto conquistado fora de casa não pode ser considerado tropeço. Mas o Peixe deixou na Venezuela a sensação de que com "algo mais" poderia ter saído vitorioso.
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