Já falei outras vezes. Nos Campeonatos Estaduais é assim: os clubes grandes são os menos interessados, mas o que tem a obrigação de vencer. Questão de tamanho, de hierarquia. Perder, deixa todos com o pé atrás. E a crise mais perto. Foi o que aconteceu ontem com Fluminense e Internacional.
Os gaúchos abriram mão do Gaúcho por vários motivos. O mundial fez os jogadores entrarem de férias mais tarde. E a prioridade (outra questão de hierarquia) é a Libertadores. Por isso, Enderson Moreira comandou o Inter B na competição. Ontem, depois de empate com o Cruzeiro-POA, nas quartas-de-final da Taça Piratini (primeiro turno do campeonato) o time foi derrotado nos penaltis. Eliminação precoce e princípio de crise.
Enderson Moreira foi demitido. Jogadores do Inter B, devem ser dispensados. A pressão sobre o time principal (que disputará o restante da competição) cresce bastante. O desespero só não é maior pois obviamente que com os titulares o Inter tem toda condição de fazer um belo papel. Mas fato é que, para quem tem a Libertadores para se preocupar, o aumento da pressão pode ser prejudicial.
O mesmo acontece com o Fluminense. Ontem, o tricolor foi eliminado nas semifinais da Taça Guanabara (também nos penaltis, também depois de empate por 2 a 2) pelo organizado Boavista. Muricy sonhava vencer o primeiro turno do Estadual para poder focar somente no difícil grupo da Libertadores (vale lembrar que o time já tropeçou na estreia). Não conseguiu e a pressão por resultados vai crescer daqui em diante.
Fluminense que tem em 2011 os gols de Rafael Moura que Washington não fez em 2010. Mas tem problemas defensivos que não tinha. E ainda não tem o Conca versão 2010. Após a cirurgia e a impensável sequência de jogos enfrentada pelo argentino no ano passado, é preciso cuidados especiais com o meia este ano. Ou ele pode fazer ainda mais falta no futuro.
A panela de pressão está no fogo. Mas há quem goste dos Estaduais. Para eles, deve fazer bem.
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