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Depois de mais um resultado ruim na Libertadores, o Fluminense se apega ao passado para seguir sonhando. Dizem nas Laranjeiras que, assim como em 2009, o time pode se reencontrar na base da vontade e conquistar algo que parece improvável. Muito pouco, para o atual campeão brasileiro.

Depois de três jogos, ou metade da primeira fase do torneio, o Flu conquistou apenas 2 pontos. Dois empates, nos dois jogos que fez em casa. Ontem, a primeira derrota: 1 a 0 para o América, no México. Resultado justo. Por mais que os mexicanos não tenham feito uma grande partida, buscaram mais o resultado e foram superiores durante quase todo o confronto.

Muricy foi pouco ousado. Escalou três zagueiros, Conca sozinho na marcação e Tartá perdido no ataque, deixando Rafael Moura absolutamente isolado. Nas poucas vezes que o atacante viu a bola, não tinha com quem dialogar, ficava sem opções.

Apesar de bem postado na defesa, estava claro que o Fluminense jogava no limite. Não podia errar e estava pressionado. Bastou um vacilo de Digão para Daniel Marques marcar o único gol do confronto.

Depois do gol, o Fluminense teve 20 minutos para tentar algo. Faltou força. Faltou ousadia. Muricy manteve os três zagueiros, seguiu com um meio-campo sem criatividade (graças à pouca inspiração de Conca) e pouco ameaçou o gol do bom goleiro Ochoa.

O Fluminense ainda pode se classificar? Sim. A missão é difícil? Quase impossível. O grupo não é fácil. O Argentino Júniors é um dos melhores times da Libertadores até aqui. E o América, apesar do jogo pouco empolgante de ontem, também tem um bom time. Por fim, o Nacional apesar da campanha também pífea, é tradicional e em casa tem força.

Para chegar o tricolor precisará se reencontrar. Precisará que Conca reencontre a melhor forma (o meia ainda paga a conta da última temporada, quando esteve em campo em todos os jogos). Precisará dos eternos lesionados Deco, Émerson e Fred. E principalmente, que Muricy não faça mais uma campanha decepcionante na Libertadores. É hora de trabalho, em cima do 0,01%.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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