O técnico dos clichês

O São Paulo pegou a todos de surpresa hoje ao anunciar a contratação de Émerson Leão como treinador até o fim do ano (com contrato prorrogável para 2012). Surpresa pelo nome que andava ausente do mercado e vinha sendo pouco lembrado recentemente. Muito embora coubesse perfeitamente no discurso e no desejo da diretoria do São Paulo quando optou por demitir Adilson Batista: alguém experiente, capaz de assumir o controle do grupo e controlar o vestiário complicado do Tricolor.

Veio Émerson Leão e não demorou para imprensa e torcedores soltarem uma infinidade de clichês (bons e ruins) que sempre acompanharam a carreira do treinador: "é técnico de tiro curto", "linha dura", "está ultrapassado", "vai bater de frente com os medalhões", "não gosta de gringos".

Não gosto de Émerson Leão. Como técnico e como pessoa. Nos tempos de repórter e produtor, já tive atritos com a pouca "boa vontade" do técnico no trato com a imprensa. Leão não faz questão de agradar e isto não é um problema. Mas ele também não faz questão de ser educado, e isto é o mínimo que pode se esperar de alguém.

Antes de me apoiar nos clichês e nos meus "prés-conceitos" sobre o trabalho de Émerson Leão no São Paulo, prefiro aguardar.

Primeiro porque considero o time do São Paulo ótimo. E segundo porque respeito o passado de Leão como treinador.

O São Paulo aposte em alguns clichês positivos. Aposta no passado do técnico. E sabe que fez uma aposta de risco, mas nesta altura, tem pouco a perder.

Não acreditava que veria novamente Leão comandando um grande clube. A grande chance que ele precisava, apareceu. O treinador teve tempo para se reciclar, para observar que o mundo do futebol mudou muito nos últimos anos e que ele vai precisar de mais do que pulso firme para se impor novamente.

Bater de frente não é o caminho. Abandonar antigos clichês e recomeçar com uma nova cabeça é o caminho para o novo treinador do tricolor. Não desejo boa sorte, mas com boa vontade e consciência, acho que pode dar certo.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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