A riqueza venceu a pobreza

Antes do jogo, era difícil imaginar um resultado que não fosse a vitória do Manchester City jogando em casa contra o Liverpool. E mesmo que o time da terra dos Beatles tenha começado bem a partida (inclusive perdendo chance clara com Downing antes de sair atrás no marcador), de fato, nunca pareceu capaz de vencer o confronto contra o líder da Premier League.

O que se viu foi, de fato, um duelo da riqueza contra a pobreza. E aqui, não trato apenas da questão financeira. Até porque, o Liverpool nem de longe pode ser considerada uma equipe pobre, pelo contrário. Mas não há como negar que o time está anos-luz atrás do adversário na capacidade de agir no mercado diante dos petrodólares do sheik que controla o City.

A diferença de riqueza e pobreza, neste caso, é principalmente de valores.

O City mostrou um time rico em alternativas. Não é um time que controla a posse de bola, mas é uma equipe moderna e vistosa. Varia o 4-2-2-2 "à brasileira" com o 4-2-3-1 e marca à frente, tem transição rápida e empolgante movimentação ofensiva. Silva, Aguero e até mesmo Dzeko não se cansam de inverter as posições e buscar espaços vazios dificultando imensamente o trabalho da defesa adversária.

Já o Liverpool, pouco empolgou. Travado num 4-1-4-1 com pouca criatividade e com Andy Carrol (o Wellington Paulista com cabelos) isolado à frente, chegou somente quando Adam Johnson achou os pontas avançando em diagonal: jogada que ficou clara no passe para Downing ainda quando o jogo estava 0 a 0 e que terminou com grande saída de Joe Hart. O panorama para os Reds fica ainda pior com Gerrard sofrendo para encontrar a melhor condição física e Suárez fora do time nas próximas nove partidas, suspenso por lamentáveis ofensas racistas a Evra.

O Manchester City manteve 100% de aproveitamento jogando em casa no Campeonato Inglês. E numa competição empolgante e extremamente equilibrada, segue como favorito contra um Chelsea que passa por momento difícil e um United que sofre com o excesso de contusões e vive altos e baixos na temporada. Tottenham (principalmente) e Arsenal correm por fora, mas ainda me parecem bastante abaixo dos concorrentes.

Quanto ao Liverpool, não dá para considerar o time ruim. Mas a distância para os principais adversários parece maior a cada temporada e dificilmente o time conseguirá chegar às primeiras posições na temporada.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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