Despedidas sem saudades

A segunda-feira, 12 de março, certamente ficará marcada na história do futebol brasileiro. Nem tanto na do Corinthians. O dia foi de despedidas. Daquelas boas, que não deixam saudade.

A primeira boa notícia veio para todo interessado no futebol (exceto emissoras e repórteres que tinham o rabo preso). 23 anos depois de assumir o posto mais importante do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira largou o osso. A saúde foi o motivo indicado. As denúncias e o afastamento da FIFA e do governo do país, a razão real.

Nos 23 anos que esteve no poder, Ricardo Teixeira acumulou títulos. Ao mesmo tempo em que acumulou prestígio e dinheiro. Tornou-se um homem rico, poderoso e que estava "cagando" para o povo. Assim, a seleção brasileira virou a seleção da CBF. E o presidente da entidade foi virando "persona non grata".

Embora dificilmente vá representar uma mudança imediata, a saída de Ricardo Teixeira é simbólica e indica um momento importante. Dificilmente outro nome terá o jogo de cintura político e a capacidade de (na base de trocas) conseguir apoio quase total no posto. José Maria Marin (o Zé das Medalhas), substituto imediato, já não goza de prestígio e não deve durar muito tempo.

Interessante seria se quem ganhou tanto com o futebol colocasse a cara neste momento. Caso por exemplo de Romário, de papel fundamental na queda do presidente e de atuação firme na Câmara dos Deputados. Maduro politicamente, o baixinho pode ser peça importante no processo de reconstrução. Outros nomes também poderiam se envolver assim como fizeram Platini e Beckenbauer na Europa.

A segunda despedida acabou ofuscada pela renúncia de Ricardo Teixeira e escancarou o momento melancólico de Adriano. O contrato com o Corinthians que ia até o meio do ano foi rescindido em "comum acordo".

As lesões cansaram Adriano que cansou a diretoria do Corinthians. O futebol cansou Adriano que se cansou de ser profissional. E o Imperador será mais um a desperdiçar lenha com carreira em queda livre. O pior é imaginar que certamente aparecerá algum clube disposto a acreditar nas promessas de Adriano e pagar a ele um salário sem sentido. Bom seria se ele se cansasse de enganar a todos e encerrasse a carreira para viver a vida que quer.

A segunda-feira de despedidas foi também de ótimas notícias. E nada de saudade.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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