O Corinthians fez exatamente o que esperava-se e imaginava-se. Mostrou mais uma vez maturidade e qualidade. Superou os momentos difíceis e conseguiu um resultado importante na primeira partida da decisão da Libertadores.

No início, os donos da casa, talvez empolgados pela pulsante torcida xeneize, abusaram dos passes longos. Fugiram de sua característica apressando o jogo e errando muito. Erviti, muito aberto pela esquerda dava espaço para Paulinho. O Corinthians era melhor, controlava o jogo, e quase abriu o placar em chute da entrada da área do volante.
O jogo já dava sinais de mudança com um Boca mais paciente quando o Corinthians perdeu Jorge Henrique. O poder de marcação do Timão diminuiu e os argentinos cresceram. Silva quase marcou um golaço ainda na etapa inicial e Clemente Rodriguez, mesmo muito mal na partida, levava vantagem pela esquerda contra um Alessandro abandonado.
No segundo tempo, o Boca adiantou ainda mais as linhas. Espremeu o adversário e fez pressão até abrir o placar em escanteio cobrado pelo decepcionante Mouche. Depois de empilhar chances perdidas contra a Universidad do Chile, o atacante voltou a desperdiçar um bom ataque pouco antes de "iniciar" a jogada do gol de Roncaglia que teve o drama que a final pede: rebatida, mão em cima da linha e rebote chutado com "raiva".
Quando tudo começava a tomar ares de drama para o Corinthians e os argentinos praticavam o seu jogo mais forte, paciente e equilibrado, veio Romarinho. A estrela de quem havia brilhado na estreia contra o Palmeiras e o toque preciso por cima de Orión no primeiro toque na bola. Bola recuperada por Paulinho e passe perfeito de Émerson, os dois melhores do Corinthians ao lado de Castán, gigante na defesa. Pouco depois, Cvitanich substituiu Mouche à altura no gol perdido após bola no travessão de Viatri.
Uma vitória do Boca não seria injustiça nem surpresa. Mas seria trágica. O Corinthians consegue um ótimo resultado com pequena dose de sorte e muita competência. Estratégia que precisará ser repetida na semana que vem, no Pacaembu. Na decisão, o Boca poderá fazer seu melhor jogo: sem responsabilidade, fechado, aproveitando os espaços. Em 19 jogos pela Libertadores no Brasil, os argentinos só foram derrotados quatro vezes.
A Bombonera é poderosa e o Corinthians se saiu muito bem no primeiro desafio. Mas o mais difícil ainda está por vir. A final da Libertadores está empatada e só deve ser decidida no último segundo.
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