Era dia de se Libertar

Era o dia do Corinthians. De escrever em sua história fantástica o título que faltava. De completar uma caminhada que começou no dia 2 de dezembro de 2007. Quando o Corinthians empatou com o Grêmio no Olímpico e foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, percebeu que precisava renascer. E o fez, mais uma vez. Completando o ciclo no 4 de julho de 2012. Era o dia de se libertar. Era o dia da Libertadores.

Não era o dia do Boca. Que tinha os desfalques de Roncaglia e Insarrualde, deixando enfraquecido o seu setor mais importante. Que teve Riquelme se despedindo do time em noite pouco inspirada. Que perdeu a segurança de Orión em lesão atípica. E que tentou lutar, mas se viu encurralado por um time que estava no seu dia. Era o dia do Corinthians.

Era o dia de Émerson. Mais uma vez. O atacante de estrela impressionante. Tricampeão brasileiro por três times diferentes desde que desembarcou de volta ao país em 2009. Decisivo na semifinal contra o Santos. Rápido, esperto, eficiente diante de uma defesa argentina que tentou o desestabilizar durante os 90 minutos. Frio como um argentino. Alegre como um brasileiro. Era o dia de ele escrever seu nome em mais uma conquista, em mais um grande clube.

Era o dia de Tite. Que coloca no currículo mais um título de peso. Que faz mais um trabalho sério, sem querer aparecer mais que os resultados. Que não dá resposta atravessada. E que fez de um grupo sem estrelas um time muito difícil de ser batido. Invicto com a defesa quase intacta. Campanha irretocável e de muitos méritos. Que teve pela frente o campeão da Copa do Brasil, o antigo campeão da Libertadores, o campeão argentino. Do Tolima ao Boca, Tite reconstruiu um time que perdeu peças importantes e fez dele mais forte. Pronto para enfrentar (e bater qualquer um). Era o dia de provar que estavam certos em mantê-lo no comando do clube.


Era o dia de uma nação de loucos. De apaixonados que não viam a hora de colocar no peito esta faixa de campeão. Que amanheceram gritando "vai, Corinthians" e dormiram imaginando aonde este time pode chegar. O Japão é logo ali. E depois de se libertar do drama da Libertadores, a impressão é que o Corinthians pode tudo. Em qualquer dia.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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